Doença do filho leva mãe a criar grupo para doação de sangue e esperança

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Doença do filho leva mãe a criar grupo para doação de sangue e esperança
A dor e a angústia de perder o filho Guilherme Miranda, de 8 anos, com Meduloblastoma - tumor cerebral mais comum em crianças de zero a nove anos - levou Roseli Cristina da Silva Miranda a criar um grupo para levar esperança de vida às pessoas que estão passando pela mesma batalha que o garotinho. O objetivo do grupo "Solidariedade Rosa" é incentivar a doação de sangue e de medula óssea. "Depois que eu vivi essa história com o Guilherme e, infelizmente, o perdi, eu achei por bem organizar um grupo de doadores para auxiliar o próximo que ainda trava batalhas diárias assim como aconteceu com meu filho" - disse Roseli. Segundo Roseli, atualmente o "Solidariedade Rosa" através do projeto "Doe Vida através de Sangue" conta com um grupo permanente de doadores entre homens e mulheres que vão ao Hemocentro até quatro vezes ao ano. "Eu sou grata por estar alcançando o meu objetivo. A região de Sumaré, onde eu moro, abraçou o projeto e os municípios próximos têm se mobilizado para fazer a doação e o cadastramento de medula óssea. Este é o terceiro mês consecutivo que fazemos doação para o Hospital Estadual. É uma alegria enorme; estamos doando vida e levando esperança para as pessoas" - falou. Roseli já está organizando uma corrente do bem na cidade de Castilho - no interior do Estado de São Paulo, onde morou. Além de Castilho, moradores de Três Lagoas e Pereira Barreto também estarão presentes - em uma data que ainda será decidida - para um mutirão de doação de sangue e cadastramento de medula óssea. Entre os dias 5 e 8 de setembro, a mãe de Guilherme estará em Castilho para a organização do dia "D" do projeto "Doe Vida Através de Sangue". Informações sobre o projeto e para adquirir a camiseta do "Solidariedade Rosa" poderão ser através do telefone (19) 98771-4229. HISTÓRIA DO GUILHERME Guilherme Miranda descobriu um tumor na cabeça, aos cinco anos de idade, que tentou roubar sua alegria, sua vontade de viver – mas, não conseguiu. O filho de Roseli sempre enfrentou a doença com bom humor. O pequeno precisou fazer uma cirurgia para a retirada do tumor. Ele entrou em um centro cirúrgico andando e falando; saiu de lá sem os movimentos. Guilherme foi encaminhado às pressas para o Hospital Boldrini - em Campinas - onde passou por quimioterapia e radioterapia. O guerreiro de olhos alegres ficou tetraplégico; depois paraplégico; mas, mesmo assim, nunca desistiu. Antes da cirurgia, ‘Gui’ levava uma vida normal. Corria, brincava, aprontava. Era muito feliz. Roseli se lembra que, em uma conversa com seu avô materno, um dia ele disse: "Vovô, se eu não puder andar... Eu engatinho; se eu não engatinhar... Eu me arrasto; mas, que eu não paro... Eu não paro". A mãe do Gui comenta que ela nunca mais se esqueceu dessa lição de vida e perseverança. "Meu filho... Meu Guilherme sempre foi minha inspiração para lutar nessa nova caminhada. Fazer pelo próximo é como se eu estivesse fazendo por ele. Sempre amarei meu Guilherme; ele é a minha inspiração" - concluiu Roseli.

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