O que deveria ser um espaço de cultura, leitura e lazer, hoje se tornou motivo de preocupação e insegurança para moradores e frequentadores da região central de Três Lagoas (MS).

A Biblioteca Municipal Rosário Congro, localizada na circular da Lagoa Maior, está sendo ocupada por andarilhos, que segundo denúncias, usam drogas, consomem bebidas alcoólicas e até praticam atos sexuais nos fundos do prédio.

DEGRADAÇÃO E MEDO NA REGIÃO

Moradores e comerciantes próximos relatam que a situação vem se agravando nas últimas semanas. Muitos afirmam que andarilhos que antes ficavam na beira da Lagoa Maior agora se concentram ao redor da biblioteca, transformando o espaço em um ponto de desordem e risco.

“É o dia inteiro com gente bebendo, usando drogas e brigando. À noite, o local fica escuro e perigoso. A biblioteca virou abrigo e ponto de tudo que é errado”, contou uma moradora que preferiu não se identificar.

Além das constantes brigas e sujeira deixada no entorno, os vizinhos dizem que temem por sua integridade física e pedem uma ação imediata das autoridades municipais para recuperar o espaço.

OPINIÕES DIVIDIDAS ENTRE AJUDA E COBRANÇA

Nas redes sociais, o caso tem gerado forte repercussão e opiniões divididas. Enquanto algumas pessoas defendem dizendo que os andarilhos precisam de ajuda e até doam dinheiro e alimentos, outros acreditam que essa prática apenas incentiva a permanência delas nas ruas.

As autoridades municipais, por sua vez, orientam a população a não oferecer dinheiro diretamente, mas sim encaminhar essas pessoas aos órgãos de assistência social.

Há também quem defenda o retorno dos andarilhos para suas cidades de origem, alegando que a presença crescente de pessoas em situação de rua tem aumentado o sentimento de insegurança na região central e turística de Três Lagoas.

EXISTE APOIO, MAS MUITOS RECUSAM

Em Três Lagoas, a Prefeitura mantém o Centro Pop, espaço destinado ao acolhimento de pessoas em situação de rua, oferecendo alimentação, higiene, apoio psicológico e encaminhamentos sociais. No entanto, segundo assistentes sociais, muitos recusam o acolhimento e preferem permanecer nas ruas, por não se adaptarem às regras do espaço.

“Eles têm onde ficar, têm atendimento e apoio social, mas muitos não aceitam. Preferem viver livremente, mesmo em condições precárias”, disse um servidor público ouvido pela reportagem.

A POPULAÇÃO PEDE PROVIDÊNCIAS

Diante da situação, moradores cobram uma ação conjunta da Prefeitura, Secretaria de Assistência Social e forças de segurança, com fiscalização constante, limpeza e policiamento preventivo. O temor é que o local, símbolo da cultura de Três Lagoas, continue sendo degradado e perca sua função pública.

“A Biblioteca Municipal sempre foi um orgulho da cidade, um espaço de conhecimento. Hoje, infelizmente, virou um cenário de abandono. A população quer uma resposta das autoridades”, concluiu um morador.

Fonte: Da Redação