A partir deste sábado, 1º de novembro, entra em vigor o período de defeso da Piracema no Rio Paraná, que seguirá até o dia 28 de fevereiro de 2026. Durante esses quatro meses, toda e qualquer modalidade de pesca estará proibida, em razão do período reprodutivo dos peixes — quando eles sobem o rio para se reproduzir.

A medida é determinada pela Instrução Normativa nº 25/2009 do Ibama e tem como objetivo proteger as espécies nativas e garantir o equilíbrio ecológico dos rios.

REGRAS E RESTRIÇÕES DURANTE A PIRACEMA

Durante o defeso, a pesca está proibida em toda a extensão do Rio Paraná, com exceção dos reservatórios e do trecho compreendido entre a Usina Hidrelétrica de Jupiá e a Usina Sérgio Motta, em Três Lagoas (MS).

Mesmo nessas áreas, é obrigatório respeitar a distância mínima de 1.500 metros das barragens e somente é permitida a captura de espécies exóticas ou híbridas, como tilápias, tucunarés e bagres africanos.

Nos reservatórios, a pesca embarcada ou desembarcada só pode ser praticada por pescadores que utilizem linha de mão, vara simples, molinete ou carretilha, com iscas naturais ou artificiais. A cota máxima é de 10 quilos mais um exemplar por pescador amador.

“Esse período é essencial para garantir a reprodução das espécies nativas e a manutenção dos nossos rios. Respeitar a Piracema é respeitar o meio ambiente”, reforça a Polícia Militar Ambiental.

MULTAS E PENAS PARA QUEM DESCUMPRIR

Quem for flagrado pescando ilegalmente durante a Piracema cometerá crime ambiental, com penalidades severas. A multa pode variar de R$ 700 a R$ 100 mil, acrescida de R$ 20 por quilo ou fração do pescado apreendido, além da pena de detenção de um a três anos.

A Polícia Militar Ambiental (PMA) manterá fiscalização reforçada em toda a extensão do Rio Paraná e seus afluentes, utilizando barcos e drones para coibir práticas ilegais e conscientizar os pescadores.

PRESERVAR É GARANTIR O FUTURO

O período de defeso da Piracema é uma das medidas mais importantes de preservação da fauna aquática. Ele permite que os peixes completem o ciclo reprodutivo natural, assegurando a sustentabilidade da pesca e a manutenção do ecossistema para as próximas gerações.

Fonte: Da Redação