MS pode ganhar nova fábrica de celulose da Bracell e se consolidar como potência global no setor

A primeira unidade da Bracell no Estado já está confirmada para o município de Bataguassu

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MS pode ganhar nova fábrica de celulose da Bracell e se consolidar como potência global no setor

O Estado de Mato Grosso do Sul segue avançando rumo à liderança mundial na produção de celulose. Durante o evento “Missão Ásia”, realizado nesta semana na Casa da Indústria, em Campo Grande, o governador Eduardo Riedel anunciou que o Estado está no radar para receber uma segunda fábrica da gigante Bracell, do grupo indonésio Royal Golden Eagle (RGE).

A primeira unidade da Bracell no Estado já está confirmada para o município de Bataguassu, com um investimento robusto de R$ 16 bilhões. A planta será a primeira do tipo no MS voltada à produção de celulose solúvel, e a expectativa é de que a licença prévia para o início das obras seja emitida até o final de 2025.

Além desse megaprojeto, o grupo RGE estuda instalar uma segunda unidade industrial em solo sul-mato-grossense, ampliando ainda mais o chamado "Vale da Celulose".

O projeto ainda está em fase de avaliação e pode contemplar a produção de celulose kraft, utilizada na fabricação de papel e embalagens, ou uma planta híbrida com kraft e solúvel. Embora Água Clara seja a primeira opção — onde a empresa já possui uma operação de mudas de eucalipto —, outros municípios também estão sendo cogitados.

Atualmente, o Mato Grosso do Sul já é referência no setor com três fábricas em operação em Três Lagoas — duas da Suzano e uma da Eldorado Brasil — além da recém-inaugurada unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo, considerada a maior fábrica de celulose de linha única do mundo. Também está em construção a unidade da empresa chilena Arauco em Inocência, com início previsto para os próximos dois anos.

Com todos os projetos em andamento e em estudo, o Estado poderá atingir a impressionante marca de sete fábricas de celulose, com produção superior a 10 milhões de toneladas por ano, colocando Mato Grosso do Sul entre os maiores polos celulósicos do planeta.

Além da movimentação econômica, os investimentos trazem um impacto direto na geração de empregos. Milhares de postos de trabalho serão criados durante a fase de obras e na operação das plantas, movimentando a economia regional e promovendo desenvolvimento social.

O governo estadual também aposta na diversificação da cadeia produtiva, incentivando a instalação de indústrias que utilizem a celulose como matéria-prima, como fábricas de papel, papelão, embalagens e produtos de higiene.

A ideia é transformar o Estado não apenas em um produtor de matéria-prima, mas em referência de inovação, agregação de valor e exportação de produtos acabados. O futuro da celulose passa por Mato Grosso do Sul — e ele já começou a ser construído.

Fonte: Da Redação

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