Últimos detalhes para a compra da UFN3 por grupo russo são acertados em reunião

A construção da fábrica parou em dezembro de 2014, com 83% das obras concluídas

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Últimos detalhes para a compra da UFN3 por grupo russo são acertados em reunião

CAMPO GRANDE (MS) – Após reunião na Capital, na última quinta-feira (18) sobre a venda e a finalização da fábrica de fertilizantes UFN3, as lideranças políticas da Prefeitura de Três Lagoas (MS) e do Estado de Mato Grosso do Sul estão confiantes no fechamento do acordo entre a Petrobras e o grupo russo Acron. A assinatura do contrato, estabelecido para agosto de 2019, prevê que a construção da fábrica deva recomeçar no primeiro semestre de 2020, e as operações estão programadas para ter início até 2024.

A fábrica já estava em processo de negociação com o grupo europeu quando uma liminar imposta pelo ministro Marco Aurélio, em 19 de dezembro de 2018 suspendeu o edital lançado pela Petrobras. No entanto, a decisão do STF no dia 06 de junho de que o processo de venda ou perda de controle acionário de subsidiárias das estatais não precisa de aval do Congresso Nacional para ser realizado, abriu caminho para venda da UFN3 ao grupo russo.

As informações são de que as partes relativas à Prefeitura de Três Lagoas e ao Estado de Mato Grosso do Sul discutidas na reunião já estão praticamente resolvidas. A expectativa fica então, com o Governo Federal, que segue as tratativas para que o convênio possa ser fechado ainda em agosto.

O conglomerado russo vai investir U$ 1 bilhão na aquisição da UFN-3. Esse foi o compromisso que deverá ser firmado com a assinatura do contrato no próximo mês de agosto deste ano, que sacramenta a transferência integral da unidade para a empresa russa. Desta forma, a construção da fábrica recomeçaria no primeiro semestre de 2020, e as operações estão programadas para ter início até 2024.

A construção da fábrica parou em dezembro de 2014, com 83% das obras concluídas, quando a estatal rompeu contrato com o consórcio até então responsável, composto pelas empresas Galvão Engenharia – denunciada na Lava-Jato – e Sinopec.

A fábrica de fertilizantes tem uma importância estratégica para MS, já que, assim que estiver em operação, passará a produzir e a exportar produtos que hoje são importados pelo agronegócio, além da geração de emprego e renda e da dinamização da economia local.

A planta de fertilizantes nitrogenados tem capacidade de produção de 70 mil toneladas/ano de amônia e 1.223 mil toneladas/ano de ureia granulada. O complexo é composto por unidade de geração de hidrogênio, unidade de produção de amônia, unidade de produção de areia, de granulação, utilidades, áreas de estocagem e expedição. A gestão estima que o complexo vai gerar mil empregos diretos e aproximadamente 10 mil postos de trabalho indiretos.

 

Fonte: Com informações do Governo do Estado

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