Em inauguração da Suzano, Simone Tebet desabafa e diz que mercado “joga contra” o Brasil

Ministra relembrou que ajudou a trazer primeira fábrica a MS e criticou pressão do mercado sobre governo Lula

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Em inauguração da Suzano, Simone Tebet desabafa e diz que mercado “joga contra” o Brasil

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, fez um discurso que começou em tom emocionado e terminou com crítica ao mercado diante da pressão sobre o governo Lula.

Primeira autoridade da União a falar na solenidade de inauguração da fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio pardo, começou dizendo que as pessoas não tinham noção da emoção que ela vivenciava naquele momento. 

“Vocês não têm noção da emoção que estou sentindo”, falou, emendando que assistia a acontecimentos como se fossem uma série. “Eu acho, eu já vi este filme; não, uma temporada, com vários episódios”.

Foi a deixa para lembrar do esforço que teve enquanto era prefeita de Três Lagoas, para atrair uma fábrica de celulose para a cidade, a primeira no Estado. Rememorou que viajou com o então governador José Orcírio Miranda dos Santos, o deputado Zeca do PT, presente no evento, para os Estados Unidos para defender o empreendimento, que culminou na chegada da primeira fábrica à cidade, estrutura hoje pertencente a Suzano.

Na sequência chegou a Eldorado, lembrou, superando a estrutura da Suzano. Vendo o potencial, esta implantou uma segunda planta. A inaugurada esta manhã é a terceira da Suzano e quarta do Estado, com outras duas indústrias já anunciadas, uma delas já sendo implantada pela Arauco em Inocência; a próxima será em Água Clara.

Simone seguiu lembrando que foi preciso mudar legislação mediante texto de medida provisória. Foram tantas iniciativas, que ela brincou ter perdido as contas das temporadas da série.

O tom festivo da ministra foi superado por uma fala dura ao se referir ao mercado, com pesquisa divulgada ontem apontando que a reprovação ao governo Lula supera 90%. Ela questionou como isso poderia ocorrer, citando indicadores, como a fartura do País em recursos naturais e como isso se reflete em números, com queda histórica de desemprego, retirada de três milhões de pessoas da extrema pobreza, com acesso às três refeições; dignidade a outros três milhões de pessoas, atenção a três milhões de jovens com auxílio para que deixassem de ser “nem-nem”, expressão para os sem emprego e sem estudo.

Para ela, as críticas e pressão do mercado seriam “jogar contra” a economia do País. Por fim, Simone disse que se for para ajudar Mato Grosso do Sul, que venha o Lula 4, numa referência a um novo mandato do presidente. 

Fonte: Campo Grande News

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