Reunião com diretoria da Petrobras e TCU pode destravar obra bilionária

UFN-3 em Três Lagoas

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Reunião com diretoria da Petrobras e TCU pode destravar obra bilionária
Na próxima semana, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tem reunião marcada com a presidência da Petrobras para cobrar a retomada das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFNIII), em Três Lagoas, que estão paradas desde 2014. No último dia 8, em reunião em Brasília, o governo estadual entregou ofício ao ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, pedindo "máxima urgência" na continuidade da construção. "O ministro nos afirmou que, ‘se tem um UFN que vai terminar é a de Três Lagoas’ , que já está 82% executada", adiantou o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck. Azambuja também deve ir ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedir a liberação da Petrobras para fazer o investimento. "Existem empresas interessadas no projeto. É muito mais uma questão jurídica e burocrática, do que algum problema mercadológico. O governo vai fazer a pressão necessária, junto com a bancada para destravar e dar continuidade à obra. A UFNIII é uma prioridade. Com a expansão do agronegócio brasileiro, ela dá competitividade estratégica para o país", afirmou. Para a conclusão da obra seriam necessários cerca de R$ 500 milhões. Mais de 80% da fábrica, avaliada em R$ 3 bilhões, já foram executados. No entanto, a Petrobras só destinou R$ 4,616 milhões para retomada dos trabalhos neste ano. O empreendimento está parado desde 2014, quando a Petrobras não conseguiu mais arcar com as despesas que envolvem a compra de materiais e até mesmo o pagamento dos funcionários ligados diretamente ou indiretamente na obra, que acabou com uma demissão em massa, ações na Justiça e o bloqueio de quase R$ 50 milhões da estatal. A estimativa é de que o calote com fornecedores pela estatal seja de cerca de R$ 64 milhões. A fábrica da Petrobras terá capacidade para produzir 1,21 milhão de toneladas de ureia e 761 mil toneladas de amônia por ano. Ela será a maior unidade de fertilizantes nitrogenados da América Latina e vai dobrar a produção nacional de ureia, gerando redução de dependência de fertilizantes.

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