Relator da Lava Jato manda investigar Zeca do PT e Vander Loubet
NA MIRA LAVA JATO

O ex-governador de Mato Grosso do Sul e deputado federal Zeca do PT e o deputado federal Vander Loubet (PT) estão na lista de políticos que deverão ser investigados a pedido do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin.
Os nomes foram divulgados em reportagem do jornal O Estado de S.Paulo nesta terça-feira, 11 de abril. Ao todo foram autorizados 76 inquéritos contra políticos citados em delações da Odebrecht. Na lista aparecem nove ministros do governo de Michel Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes das duas Casas.
O grupo faz parte do total de 108 alvos dos 83 inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht, todos com foro privilegiado no STF. Fachin também determinou que 201 pedidos de investigação que envolvem pessoas que não tem foro privilegiado fossem remetidos para a primeira instância da Justiça.
Os locais ainda não foram divulgados. Sete pedidos de investigação foram arquivados. Com a abertura da investigação, os processos devem seguir para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e para a Polícia Federal (PF) para que sejam cumpridas as primeiras diligências contra os citados. Ao longo da investigação, podem ser solicitadas quebras de sigilo telefônico e fiscal, além da oitiva dos próprios acusados. Zeca do PT – Em nota, Zeca do PT informou ter ficado surpreso com a citação do seu nome lista de inquéritos abertos.
O deputado afirma que nunca recebeu doação da empresa citada e que nunca teve relação alguma, pessoal ou política com o grupo Odebrecht. O deputado Zeca do PT ressalta, que esteve afastado da política desde seu último mandato de governador, que foi encerrado 2006, sendo candidato ao governo novamente em 2010 e em 2012, quando se tornou vereador de Campo Grande, depois sendo eleito deputado federal em 2014.
O petista afirma que está com sua consciência tranquila, e aguardará a citação oficial do Supremo Tribunal. Vander Loubet – Em nota encaminhada ao Diário Digital, o deputado federal Vander Loubet informa que vai aguardar a manifestação oficial do STF para se pronunciar acerca da informação de abertura de inquérito, tendo em vista que não teve acesso ao teor das acusações. Por conta do tema, o parlamentar reforça que todas as contribuições recebidas em campanha eleitoral foram devidamente oficializadas em prestações de contas aprovadas pela Justiça Eleitoral. Departamento da propina - Segundo investigações da força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato, a Odebrecht mantinha dentro de seu organograma um departamento oculto destinado somente ao pagamento de propinas, chamado Setor de Operações Estruturadas.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, havia funcionários dedicados exclusivamente a processar os pagamentos, que eram autorizados diretamente pela cúpula da empresa. Conforme as investigações, tudo era registrado por meio de um sofisticado sistema de computadores, com servidores na Suíça. O Ministério Público Federal ainda trabalha para ter acesso aos dados, devido aos rígidos protocolos de segurança do sistema.
Em março do ano passado, na 23ª fase da Lava Jato, denominada Operação Acarajé, a Polícia Federal apreendeu na casa do ex-executivo da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior uma planilha na qual estão listados pagamentos a mais de 200 políticos. Os esquemas ilícitos da empresa vão além da fronteira brasileira. A Odebrecht é investigada pelo menos em mais três países da América Latina: Peru, Venezuela e Equador. Em um acordo de leniência firmado com os Estados Unidos no final de dezembro, a empresa admitiu o pagamento de R$ 3,3 bilhões em propinas para funcionários de governos de 12 países.
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