Reforma: diretores de secretarias extintas vão ganhar como secretários; R$ 24 mil
ENXUGANDO

No decreto que mudou o organograma do governo estadual, após a reforma administrativa, o governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) alterou de DGA-1, com salário de R$ 10,4 mil, para DGA-0, salário de R$ 24 mil, símbolos do cargo de diretor-presidente da Agehab (Agência Estadual de Habitação), e manteve como secretário especial ex-titular de pasta.
A medida beneficia a agora ex-secretária de habitação, Maria do Carmo Avesani Lopes, que após a extinção da pasta que comandava, ficará à frente da Agehab (Agência Estadual de Habitação), e Fernando Lamas, ex-titular da Produção, segue no governo com o mesmo salário de secretário, agora desempenhando a função de 'Assessor Especial na Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar', sob comando de Jaime Verruck.
Alguns diretores-presidentes, como o do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), Gerson Claro, já recebem R$ 24 mil, uma vez que ele foi nomeado, desde o começo do governo, como secretário especial, já com salário de Secretário de Estado.
Na opinião do governador Reinaldo Azambuja não vai influenciar na economia prevista com a reforma administrativa.
"Teremos uma economia maior. Com adequação, extinguimos 16 superintendências, algumas subsecretarias precisam ter aporte de pessoal para gestionar a gestão. Entre demissões e admissões teremos ganho enorme, dentro dos R$ 130 milhões (previstos) de economia com a reforma" (sic) frisou o tucano.
Além do Detran, o diretor-presidente da Agraer (Agência Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Enelvo Felini (PSDB), também já recebe como secretário especial, DGA-0. Assim como o superintendente legislativo, o advogado Felipe Mattos.
Outros diretores-presidentes permanecem com o mesmo salário. Como o diretor-presidente da Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário), Aud Chaves, que, segundo o Portal de Transparência do Estado, recebe, bruto, cerca de R$ 7,7 mil. O diretor do Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Luciano Chiochetta, recebe, de dois vínculos, pouco mais de R$ 11,8 mil. O diretor-presidente da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), Davi José Bungenstab, com salário atual de R$ 4,9 mil.
Alguns diretores-presidentes são nomeados com o ‘assessores especiais’ e recebem atualmente R$ 17 mil, também será beneficiados com a medida, são eles Marcelo Miranda, da Fundação de Esporte, Justiniano Vavas, da Fundação de Saúde, o ex-deputado Youssif Domingos, da Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos), e Jorge Martins, da Previdência, que também acumula uma aposentadoria de R$ 17 mil como servidor inativo.
Recebem, atualmente, com DGA-1 os diretores das fundações de Turismo (Nelson Cintra dá lugar a Bruno Wendling), do Trabalho, Wilton Acosta (PRB), da Fertel, Bosco Martins (SD) e da Escola de Governo, Wilton Paulino. O novo diretor-presidente da Agesul, Emerson Pereira, empossado ontem, sexta-feira (17), atualmente recebe DGA-1 como secretário adjunto de Infraestrutura.
Apenas os salários dos diretores-presidentes da Sanesul, Luiz Rocha, e da MSGás, Rudel Trindade, não constam no Portal de Transparência. O governo também estuda um novo diretor-presidente para o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), cargo atualmente pelo secretário de desenvolvimento, Jaime Verruck.
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