O sonho de desfilar nas passarelas de todo o mundo e figurar em campanhas de marcas renomadas, se tornou um pesadelo para centenas de pessoas em todo o país, que ludibriados por uma falsa agência de modelos, caíram em um golpe que permitiu que os criminosos roubassem mais de dois milhões de reais de suas vítimas. Segundo informações da polícia, a organização criminosa atuava há mais de três anos em todo o Brasil e em fevereiro deste ano esteve em Três Lagoas, onde promoveu uma seletiva em um hotel luxuoso da cidade, localizado na Avenida Antônio Trajano dos Santos no bairro Lapa, onde os candidatos desfilaram para os membros da diretoria da agência que selecionaria meninos e meninas com potencial para ingressar no mundo da moda. Para seguir adiante com o sonho, os selecionados precisavam confeccionar um "book" em São Paulo, local onde a "empresa" era sediada, e para isto deveriam pagar os custos do ensaio fotográfico e das despesas do agenciamento, que variava entre R$2 mil à R$ 5 mil e após o bando receber estes valores, seguia viagem para outras cidades onde aplicavam o golpe novamente. **ASSÉDIO SEXUAL** A suposta agência começou a ser investigada pela Polícia Civil de Três Lagoas, em sua passagem pela cidade, após serem realizadas diversas denúncias de que um dos membros da organização criminosa estaria cometendo o crime de assédio sexual e perturbação da tranquilidade. O homem teria se apresentado como gerente de duas agências de modelo e através do whatsapp enviou mensagens inadequadas para algumas meninas que participaram da seletiva em Três Lagoas, dentre elas, algumas menores de idade. De acordo com o delegado Paulo Rosseto, que conduziu as investigações, durante o acontecimento duas mães de adolescentes de 15 e 16 anos procuraram a polícia para denunciar o crime de assedio e diante da suspeita a autoridade policial ouviu a versão das duas menores que confirmaram a suspeita, apresentando inclusive as mensagens de texto que foram anexadas ao processo. O delegado disse para a equipe de reportagem que conversou com o acusado, um homem de 25 anos, que afirmou que as mensagens de texto eram enviadas com o objetivo de incentivar as adolescentes. Uma jovem de 18 anos também procurou a autoridade policial para denunciar que o funcionário da empresa lhe enviou mensagens a convidando para visitar o seu quarto de hotel.

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