Por melhores condições de trabalho, Agepens paralisam atividades nos presídios do Estado

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Por melhores condições de trabalho, Agepens paralisam atividades nos presídios do Estado
Quanto vale uma vida? Na prisão, o Agente Penitenciário entra “sozinho” no Raio [um conjunto de celas com mais de 900 indivíduos em privação de liberdade], a exemplo do que ocorre no Presídio de Segurança Máxima. Enquanto, o outro servidor, fica ali, posicionado no portão, responsável pela desleal missão de trancá-lo, caso o desprestigiado Agente venha a “moscar”, e seja tomado como refém em um iminente motim ou rebelião. Não é assim que dizem na prisão? “Eli Narciso Torres, socióloga, doutoranda pela Unicamp e coordenadora do Observatório da Violência e Sistema Prisional”. Colaboradores da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) de todo Mato Grosso do Sul, iniciaram uma paralisação por melhores condições de trabalho e abertura de concurso público para inserção de pessoal nos quadros da agência, visto que, segundo eles, o número de profissionais é pequeno se comparado ao número de detentos e as condições de trabalho são degradantes. De acordo com André Luis Garcia Santiago , presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária do Estado), durante período de 96h, de 20 a 23 de dezembro, os servidores devem realizar apenas os trabalhos de emergência. Neste período só serão permitidos o acesso a justiça e a saúde, que são direitos garantidos por lei. Em Mato Grosso do Sul, são 1.380 servidores para 14.634 detentos. Sendo que, 970 trabalham diretamente com os presos. Segundo Santiago, o conselho nacional de politicas criminais e penitenciários recomenda a média de 1 agente para cada cinco detentos. E atualmente, a proporção é de 60 presos para apenas 1 agente. Durante a paralisação, prevista para acontecer até a próxima quarta-feira (23), nenhum detento será transferido da delegacia de Polícia Civil para o presídio, apesar de haver previsão de transferência de presos. O procedimento só deve ser feito quando a paralisação dos agentes terminar. A administração da Agepen, informou que ainda nesta semana será autorizado um concurso para contratação de novos servidores. Com relação aos episódios mencionados pela categoria, como fatores de risco para exercício de profissão, como é o caso da superlotação e da violência de alguns detentos, a Agepen classificou como riscos naturais da função. Acompanhe algumas manifestações nas redes sociais: D.S. - Lamentável falta de comprometimento do Governo do Estado com AGEPEN. Cadê a prioridade na segurança pública? A.S.L. - infelizmente o governador não deu a atenção necessária aos agentes penitenciários do estado. F.T. - Esse governador não está nem um pouco preocupado com os agentes penitenciários. R.B. - Uma bomba a curto prazo!!!! T.G.S. - Sem mais delongas, vamos para greve! C.S. - Irresponsabilidade governamental e muita promessa, que nunca será cumprida, nosso trabalho muito pior que das policias civil e militar que se aposentam com 30 anos de serviço e pra sermos prestigiados com a mesma lei, esse governo como os anteriores dizem que estudos serão realizados. R.S.S. - Caros Colegas!!! Enquanto damos nosso sangue trabalhando nessa insanidade a maioria dos políticos roubam e se divertem as custas do trabalho da população, dá desgosto de ser brasileiro.

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