MPF quer devolução de pagamentos da Petrobras ao Consórcio UFN 3

CAIXA FURADO

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MPF quer devolução de pagamentos da Petrobras ao Consórcio UFN 3
Uma ação ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) cobra devolução de R$ 155 milhões aos cofres da Petrobras pelo ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, e cinco ex-diretores da petrolífera, que teriam autorizado, em 2012, antecipação de pagamento às empreiteiras do Consórcio UFN 3, contratado para a instalação da usina de fertilizantes nitrogenados em Três Lagoas (MS). A ação cita indício de desvio de verbas públicas e gestão temerária. Diretores das empresas Galvão Engenharia e Sinopec Petroleum do Brasil são acusados na mesma ação por irregularidades na obra, apontadas por uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), feita no ano passado. O adiantamento ao consórcio ocorreu "sem qualquer contraprestação" específica que protegesse a Petrobras em caso de rompimento do contrato, o que ocorreu em 2014, quando as obras foram paralisadas já na gestão de Graça Foster na presidência da estatal. Gabrielli presidiu a Petrobras entre 2005 e 2012, no mesmo ano que a antecipação de dinheiro foi autorizada ao consórcio. A instalação da usina está com 80% de seu cronograma concluídos. A Petrobras investiu R$ 3 bilhões nas obras, com dois terços deste valor em empréstimos obtidos do BNDES. O MPF também pede à Justiça a indisponibilidade de bens dos acusados, suspensão de direitos políticos e proibição de contratar com o poder público, previstas na Lei de Improbidade Administrativa. A reportagem encaminhou e-mail ao advogado de Gabrielli, mas não obteve resposta até esta publicação.

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