Mortes e acidentes envolvendo carretas e caminhões chamam atenção em Três Lagoas
Moradores pedem por melhorias urgentes no trânsito e pela conclusão do contorno rodoviário para evitar que situações semelhantes se repitam
O aumento no número de acidentes envolvendo carretas em Três Lagoas, incluindo dois episódios fatais nos últimos dias, está alarmando a população local. Moradores pedem por melhorias urgentes no trânsito e pela conclusão do contorno rodoviário para evitar que situações semelhantes se repitam.
A crescente preocupação com o tráfego pesado de caminhões que cruzam a cidade é alimentada por uma série de acidentes graves.
Em 29 de outubro, no cruzamento entre a Avenida Ponta Porã e a Egídio Thomé, uma carreta bitrem colidiu e arrastou um carro que aguardava a abertura do semáforo. O motorista da carreta fugiu do local, sem prestar socorro aos ocupantes do veículo. No dia seguinte, outra carreta tritrem colidiu com o teto de um posto de combustível no anel viário da cidade durante uma manobra para abastecimento.
Em 1º de novembro, um acidente mais trágico ocorreu na Avenida Ranulpho Marques Leal, quando um homem de 38 anos foi atropelado e não resistiu aos ferimentos.
O motorista da carreta também deixou o local sem prestar assistência. As circunstâncias sobre as causas do acidente estão sendo investigadas.
Apenas cinco dias depois, um novo incidente chocou a cidade: uma idosa de 61 anos que transitava de bicicleta pela Avenida Clodoaldo Garcia foi atropelada por um caminhão. A vítima foi socorrida, mas faleceu no dia seguinte.
Esses acidentes recentes mobilizaram os moradores, que agora pedem providências para que medidas de segurança sejam implementadas.
O Diretor do Departamento de Trânsito, Flávio Thomé, reforçou a importância da conscientização no trânsito, destacando que denúncias de imprudências, acompanhadas de fotos e vídeos, podem ser enviadas ao Departamento para que ações possam ser tomadas através do número (67) 99221-7147.
PONTO CEGO
Quanto maior o veículo, maior é seu potencial de oferecer pontos cegos. Evitar todo e qualquer tipo de acidente no trânsito é parte do trabalho de quem dirige o dia todo, principalmente quando se está na direção de um veículo pesado onde são diversos os pontos cegos. Que podem causar graves acidentes.
Devido ao tamanho e altura do pesado, os pontos cegos são maiores, e precisam de maior atenção e cuidado, principalmente no tráfego nas cidades.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os veículos de pequeno porte possuem preferência sobre os de grande dimensão. Isso significa que os maiores cuidam dos menores.
A responsabilidade é do motorista em cuidar para que os veículos pequenos trafeguem ao seu redor de forma segura. As luzes de sinalização também precisam estar em dia. Fique sempre atento ao lado direito da cabine do caminhão. É a lateral que tem maiores espaços com pouca visão.
SENSORES DE PONTO CEGO PODEM SER OBRIGATÓRIOS NOS VEÍCULOS FABRICADOS NO BRASIL
A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), visando a diminuição dos acidentes de trânsito, apresentou um projeto de lei (PL 673/2022) para incluir como equipamento obrigatório o sensor de colisão lateral. O principal objetivo da PL 673/2022 é, claro, tornar os carros mais seguros e com isso reduzir os acidentes.
Para embasar seu projeto, a senadora cita uma pesquisa realizada pelo Institute for Highway Safety (IIHS), organização de segurança veicular dos Estados Unidos, que indicou que a identificação de pontos cegos tem capacidade de reduzir em 14% os acidentes de mudança e faixa.No momento, o projeto está sendo analisado por comissões temáticas da Casa e ainda precisa ser aprovado pelo Senado e pela Câmara antes de ser encaminhado para sanção.
Caberá ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) definir o cronograma para exigência do alerta de ponto cego nos veículos em circulação no país.
O projeto será analisado por comissões temáticas da Casa e precisa ser aprovado pelo Senado e pela Câmara antes de ser encaminhado à sanção.
DECRETO MUNICIPAL E LIMITAÇÕES AO TRÁFEGO DE CARGA PESADA
Art. 1º. Os artigos 1º e 4º do Decreto n.º 141/2011, de 26 de setembro de 2011 passam a vigorar com as seguintes redações:
"Art. 1º. Fica proibido o trânsito de caminhões de carga, com Peso Bruto Total – PBT, acima de 12 (doze) toneladas, no retângulo compreendendo as vias: Ruas Duque de Caxias;
Avenida Rosário Congro; Rua João Silva; Rua José Amílcar Congro Bastos, fechando o quadrilátero até a Rua Duque de Caxias.
Parágrafo Único – Incluem na proibição do caput deste artigo, as vias existentes entre a Rua João Silva e a Avenida Filinto Muller dentro do quadrilátero."
Art. 4º. Ficam proibidas as operações de carga e descarga no perímetro compreendido entre as avenidas Eloy de Miranda Chaves e Rosário Congro, e ruas João Silva e Alfredo Justino, no horário das 09h00 às 17h00, de segunda a sexta-feira e aos sábados das 09h00 às 14h00.
SOLUÇÃO PARA DESAFOGAR O TRÁFEGO
A construção do contorno rodoviário é vista como uma solução de longo prazo para desviar o tráfego de carretas e caminhões da área urbana de Três Lagoas, especialmente da avenida Ranulpho Marques Leal e do anel viário Samir Thomé, trecho urbano da BR-158, que atualmente lida com um fluxo intenso de veículos pesados.
A obra, que já iniciou a pavimentação em concreto, contará com 26,46 km de extensão e incluirá pistas duplas, sinalização completa, serviços de drenagem e oito viadutos em pontos estratégicos.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), a obra será essencial para desafogar o trânsito na cidade. Após a conclusão, caminhões e carretas não poderão mais passar pelo centro, exceto em casos especiais, como manutenções. Com o contorno finalizado, os motoristas de veículos pesados vão preferir o novo trajeto devido à sua fluidez.
Com a mobilização da população e as iniciativas do governo, os moradores de Três Lagoas mantêm a esperança de ver o trânsito da cidade mais seguro.
A conclusão do contorno rodoviário é aguardada como um marco essencial para a tranquilidade e a proteção de todos que circulam pelas vias da cidade.
Fonte: HojeMais


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