Justiça ouvirá os 27 presos da “Operação Canna-bis” no final de março
APREENSÃO DE DROGA

Quem conseguir passar nas proximidades do Fórum de Jales, no próximo dia 29 de março, uma quinta-feira, vai notar ruas impedidas ao trânsito e uma movimentação incomum nas cercanias daquele local. A movimentação será consequência da audiência marcada para aquele dia pelo juiz da 3ª Vara Judicial de Jales, José Geraldo Nóbrega Curitiba, para ouvir nada menos que 27 réus presos pela "Operação Canna-bis", das polícias Federal, Civil e Militar, que investigou o tráfico de drogas em Jales e na região. Além dos presos deverão ser ouvidas também 16 testemunhas. Outras 06 testemunhas serão ouvidas em Ilha Solteira(SP), através de carta precatória.
Em despacho do dia 21 de fevereiro, o juiz Curitiba determinou a expedição de ofício às polícias Civil e Militar, solicitando a restrição – ou o impedimento – do trânsito de veículos nas ruas que dão acesso às entradas do Fórum. O juiz justifica a medida, argumentando a significativa quantidade de réus presos, que deverão ser escoltados até o prédio do Fórum, sendo que alguns deles ostentam antecedentes criminais que demonstram sua periculosidade, além do grande número de testemunhas e dos tantos advogados que também participarão da audiência.
As investigações que culminaram na "Operação Canna-bis" começaram em 2015, quando a Polícia Civil de Jales recebeu informações sobre possível tráfico de drogas praticado na região pelo estudante de direito L.K.W., de 28 anos. Em fevereiro de 2016, a Polícia Federal também recebeu denúncia anônima a respeito das supostas atividades de traficância do estudante. Além disso, a Polícia Civil um outro suspeito e descobriu que o carro utilizado por ele para a entrega de drogas era de propriedade de L.K.W.
Diante desses fatos, a Justiça autorizou, em março do ano passado, a escuta telefônica do celular de L.K.W. e, a partir daí, as investigações avançaram e novas escutas foram sendo autorizadas, resultando na prisão dos 27 suspeitos. Dois dos réus presos são mulheres, enquanto os demais 25 são homens.
A grande maioria dos réus foi incursa pelo Ministério Público nos crimes de tráfico e associação para o tráfico, com penas que podem chegar a 25 anos de prisão. Eles estão incursos também na Lei de Crimes Hediondos e, se condenados, terão que cumprir a pena, inicialmente, em regime fechado.
Segundo a acusação do Ministério Público, a Polícia Civil constatou, inicialmente, a existência de duas associações criminosas. Uma delas já vinha sendo monitorada também pela Polícia Federal e, com o aprofundamento das investigações descobriu-se que, na verdade, o tráfico estava sendo praticado por pelo menos cinco associações criminosas que se comunicavam entre si.
Uma dessas associações, integrada por três suspeitos, trazia droga de Ponta Porã(MS) para revender em Ilha Solteira(SP). Além de Jales e Ilha Solteira, as quadrilhas atuavam também em Urânia, Bálsamo, Fernandópolis, Macedônia, Três Lagoas(MS), Santa Albertina e Paranapuã. Nesta última cidade, a polícia prendeu uma universitária, estudante de Odontologia.
Operação encontrou 230 quilos de drogas
A "Operação Canna-bis" foi deflagrada no dia 07 de junho de 2016, envolvendo cerca de 150 policiais que cumpriram 22 mandados de prisão e 34 de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Estadual de Jales. Alguns dos investigados já estavam presos antes da operação. Durante as investigações foram encontrados cerca de 230 quilos de drogas, armas e dinheiro. O nome da operação faz alusão ao principal entorpecente comercializado pelos réus – a cannabis sativa, conhecida como maconha – e também ao fato de vários investigados já ter cumprido pena no sistema prisional: Canna (prisão) bis (novamente).
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