Medo e repreensão são sentimentos constantes na vida dos moradores do condomínio músico "Gilson Teixeira", que acreditando ter contratado uma empresa de segurança, iriam garantir o sossego e a tranquilidade de seus familiares, na verdade estavam aceitando ser mantidos em regime prisional. Cansados de serem tratados como bandidos, os moradores do residencial "Orestinho" em Três Lagoas, entraram em contato com a equipe de reportagem do site TL Noticias, que foi até o condomínio na manhã do último sábado (30) e no local, mesmo com a autorização por escrito de uma condômina e com um coro dos denunciantes, a empresa de segurança tentou impedir a entrada dos repórteres nas dependências do condomínio. Reunidos na área comum do residencial, os moradores relataram que os seguranças da empresa agem como agentes penitenciários, dando ordens, impedindo a entrada e saída de condôminos e seus visitantes, alem de durante a noite fazerem rondas pelos blocos "estalando" máquinas de choque. Uma moradora, que preferiu não se identificar, disse que sempre que alguma pessoa vai entrar no condomínio com um automóvel ou bicicleta, os seguranças barram a passagem e checam se o quadro ou a placa do veículo para verificar se existe queixa de furto ou roubo. Além de dificultar a entrada e saída dos moradores, ainda existem relatos de que os seguranças que invadiram apartamentos para vasculhar os cômodos do imóvel, acreditando que ali haviam drogas. Um morador ainda relatou que os seguranças andam com spray de pimenta e quando desafiados, espirram o produto sem pensar duas vezes. Na situação extrema que os moradores daquele local vivem, era questão de tempo para que algum condômino se revoltasse e impulsionado pela raiva acabasse se descontrolando. Foi o que aconteceu na madrugada de sábado (30) quando a entrada de um homem foi barrada, e irritado acabou desferindo um soco no vidro da guarita de entrada e quebrando o automóvel do segurança. De acordo com informações dos moradores, a Polícia Militar esteve no local e conduziu as partes, acompanhados da sindica do condomínio, foram encaminhados à delegacia de pronto atendimento comunitário (DEPAC) para prestar esclarecimentos a respeito do ocorrido naquela ocasião. A equipe de reportagem tentou conversar com um dos seguranças, que se negou a conceder entrevista. A reportagem fez pesquisas e não encontrou nenhum registro da empresa.

Fonte: