Fazendeiro de Três Lagoas é condenado a 14 anos de prisão pela morte de vizinho

Ercílio Priviatelli, acusado de matar José Cícero carbonizado em veículo em julho de 2007 poderá recorrer da sentença em liberdade

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Fazendeiro de Três Lagoas é condenado a 14 anos de prisão pela morte de vizinho

O fazendeiro Ercílio Priviatelli foi condenado à pena de 14 anos de reclusão através de júri popular no plenário do fórum na tarde desta quarta-feira (12) em Três Lagoas.

De acordo com a sentença lida pelo juiz de direito Rodrigo Pedrini Marcos após oito horas de julgamento, o acusado poderá recorrer da sentença em liberdade.

“Uma vez que assim respondeu o processo durante toda a fase de instrução, bem como não estar presente os requisitos para a segregação cautelar nesta ocasião, diz o trecho da sentença.

O réu foi acusado pelo Ministério Público pela prática de homicídio qualificado e fraude processual contra o vizinho de sua propriedade rural, José Cícero de Oliveira.

Ercílio cometeu o assassinato após desconfiar que sua esposa estivesse tendo um relacionamento amoroso com a vítima, conforme a denúncia.

O crime aconteceu na madrugada do dia 11 de julho de 2007 em uma fazenda localizada as margens da Rodovia MS-395 entre Três Lagoas e Brasilândia.

1º JULGAMENTO

Durante o primeiro julgamento ocorrido dia 28 de abril de 2016, o filho do acusado confessou a participação em tocaias para tentar matar a vítima, e teria fornecido uma arma de fogo para o pai, no entanto, José Cícero não passou pelo local durante aquela tarde.

O júri condenou na época, Ercílio à pena também de 14 anos de prisão, com direito de recorrer da decisão em liberdade, por homicídio qualificado e motivo fútil.

Pelo crime de fraude processual qualificada, conforme a sentença, o acusado acabou condenado à pena de seis meses de prisão. Devido ao longo período de tempo transcorrido, a pena foi declarada extinta pela prescrição.

O CRIME

A vítima seguia de caminhonete para a sua casa na fazenda, quando foi surpreendido por Ercílio, que efetuou um disparo de arma de fogo contra seu peito, e depois ateou fogo no veículo no intuito de simular um acidente.

O caso na época foi registrado como morte por acidente com carbonização da vítima.

Após trabalho conclusivo da perícia foi descoberto à fraude. A Polícia Civil durante a exumação do cadáver descobriu a presença de sinais de marca de tiros e localizou um projétil de arma de fogo.

Segundo a perícia, óculos com sangue da vítima, e material genético do acusado encontrado próximo ao veículo foram decisivos para demonstrar a presença do fazendeiro no local e reforçar a tese da autoria do crime.







 

Fonte: Hojemais

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