Escola de MS usa projeto de horta para ensinar português e matemática
INOVANDO

Os alunos da Escola Municipal Fauze Scaff Gattass Filho, em Campo Grande, aprendem português e matemática de uma maneira bem diferente e, literalmente, pegam na terra e plantam verduras e legumes. Toda produção é oferecida para as famílias da região que ganham alimento e até uma chance de renda.
"Na matemática a gente aprende com ele tabela de preços, fazemos gráficos com valor e falamos para eles que é importante eles saberem quanto vale uma alface, um tomate que eles estão plantando dentro da horta. Na língua portuguesa, trabalhamos a questão da escrita", explicou a professora Simone da Costa.
A horta dentro da escola existe desde 2010 e faz parte do projeto de tecnologias sociais: o pensar, o fazer e o inovar na comunidade escolar. No início tudo era rústico, com pequenos canteiros. Depois de uma premiação, parte dos R$ 200 mil foi investida em infraestrutura. Além de estufas, o local ganhou um sistema de irrigação aéreo e com captação da água da chuva. Um técnico administra o local para acompanhar o funcionamento
"A gente começa desde o preparo da semente, das mudas até a colheita e comercialização", disse o técnico agrícola Jair Galvão.
A diretora foi quem idealizou o projeto e investiu na ideia. Ela instalou um equipamento para o controle da irrigação que é automático - com horários específicos para a água cair sobre os canteiros.
"Choveu, não tem necessidade de molhar novamente, eu pego o celular e mando uma mensagem para essa caixinha e essa caixinha me responde dizendo que atendeu ao meu pedido", afirmou a diretora Tânia Vital.
A produção da horta é de pelo menos 15 variedades. Tudo que é produzido é dividido com a comunidade. A pequena Maria Heloiza foi com a mãe Glauce Rezende e saíram com a bandeja cheia de mudas.
"A gente sabe o que está plantando e como está cuidando e incentivando eles a cada vez mais a plantar e a colher o próprio alimento", disse a dona de casa.
Em 2016, 80 famílias e 25 entidades receberam mudas da escola. Uma das famílias é do agricultor José Gomes da Silva que até 2013 plantava em um só canteiro e tudo o que produzia era para consumo da família. Mas ficou desempregado e começou a tirar o sustento da família da horta de casa.
"Às vezes compra um pacote de arroz e vou levando. Agora é fazer a estufa por causa do sol e a chuva não atingir as verduras", disse o agricultor.
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