Epidemia de dengue: MP de Três Lagoas cobra medidas urgentes em Selvíria, 2ª cidade com mais casos em MS
Em dezembro de 2024, Selvíria estava na 39ª posição e deu um salto preocupante para a 2ª colocação, em MS
A situação é crítica: o município de Selvíria, a 74 km de Três Lagoas, vive uma explosão de casos de dengue e já ocupa a 2ª colocação no ranking estadual de incidência da doença.
Diante do cenário alarmante, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Três Lagoas, requisitou medidas emergenciais da Prefeitura para conter o avanço da epidemia.
Segundo o Plano de Contingência de Arboviroses 2025-2026, 213 casos foram confirmados e 427 notificações registradas apenas até fevereiro deste ano – número que já supera o total de todo o ano anterior.
A promotora Ana Cristina Carneiro Dias destacou que a falta de ações eficazes pode agravar ainda mais o quadro de saúde pública.
De 39ª para 2ª colocada em três meses
Em dezembro de 2024, Selvíria estava na 39ª posição entre os municípios de MS com maior número de casos. Três meses depois, de acordo com o boletim da 10ª semana epidemiológica de 2025, a cidade deu um salto preocupante para a 2ª colocação, caracterizando oficialmente uma epidemia.
MP quer ação efetiva e integrada da Prefeitura
O MPMS encaminhou um ofício com uma série de exigências à Secretaria Municipal de Saúde de Selvíria, com base nas diretrizes do Ministério da Saúde. Dentre as principais solicitações estão:
Identificação do perfil epidemiológico dos infectados;
Mapeamento das áreas críticas de maior incidência;
Aplicação comprovada do fumacê (UBV pesada);
Estratégias para vistoriar imóveis fechados;
Campanhas de conscientização em escolas e rádios locais;
Informações sobre o projeto “Tampa Fossa”, voltado à eliminação de criadouros em fossas domésticas.
Chuvas intensas agravaram o cenário
A bióloga Jeane Alves de Jesus, da Vigilância Sanitária de Selvíria, explicou que o surto está ligado ao aumento das chuvas desde novembro, que criam ambientes ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Ela alerta para a necessidade da colaboração da população no combate aos criadouros:
“A Prefeitura tem feito ações, mas sem o envolvimento da comunidade, é impossível conter a doença”, destacou.
Alerta aceso
Com a pressão do Ministério Público e o aumento vertiginoso de casos, a cidade está em alerta máximo. Agora, todas as atenções estão voltadas para a resposta do município: será que as ações virão a tempo de conter a epidemia?
Fonte: Da Redação
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