Enfermeira é flagrada dormindo em UPA e secretaria diz que era intervalo

O flagrante foi feito em Sidrolândia, distante 70 quilômetros de Campo Grande

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Enfermeira é flagrada dormindo em UPA e secretaria diz que era intervalo

Durante visita na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Sidrolândia, distante 70 quilômetros de Campo Grande, no último domingo (8), o presidente da Câmara Municipal do município, Carlos Henrique Olindo flagrou uma enfermeira dormindo durante o plantão. A prefeitura alega que servidora estava em horário de descanso e reclama do vereador ter supostamente invadido o dormitório feminino da unidade.

No vídeo, o parlamentar vai até um quarto da UPA e encontra a enfermeira levantando de um colchão. Ao perceber que estava sendo filmada, a servidora questiona sobre a gravação. “Por que você está gravando?”

Olindo rebateu o questionamento afirmando estar fiscalizando onde o dinheiro público estava sendo aplicado. “Você estava dormindo no horário de expediente e é isso que não pode acontecer. Mais uma vez a gente vê o descaso na saúde pública, pessoas precisando na fila, pessoas pagando imposto para ser atendido, mas infelizmente algumas insistem em não contribuir”, disse.

Na sequência, o vereador mostra uma fila de pacientes que aguardavam atendimento no mesmo horário em que a enfermeira estava dormindo. “Vou encaminhar isso ao Ministério Público. Não são todos, mas é o caso de uma enfermeira, um servidor. Não podemos aceitar, é um absurdo ver pessoas do serviço público com esse tipo de postura.

Abuso de autoridade

Por telefone, o secretário municipal de saúde de Sidrolândia, Nélio Saraiva Pain Filho afirmou que o vereador cometeu um abuso de autoridade. “Se alguém agiu de forma errada foi o vereador ao entrar em um dormitório feminino. A servidora estava no horário de descanso, após uma jornada de 12 horas de trabalho”.

“Todos os profissionais que trabalham em regime de plantão nas unidades, desde a equipe médica, de limpeza, de enfermagem e demais atuações dispõem de um tempo para descanso, desde que este não acarrete em prejuízo para o paciente. Todos estes parâmetros devem ser estabelecidos entre a Direção Técnica, o Corpo Clínico e a Instituição”, destacou.

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