Em sessão prolongada vereadores aprovam conclusão da UFN3 para 2022

em regime de urgência

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Em sessão prolongada vereadores aprovam conclusão da UFN3 para 2022
Nesta terça-feira (27), os vereadores de Três Lagoas aprovaram em regime de urgência o projeto de lei nº 22/2018 que prorroga o prazo de construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados - UFN3 para o dia 23 de março de 2022. Empresários fizeram manifestação pedindo apoio político para recebimento de dívidas e representantes da Associação Comercial e Industrial (ACITL) acompanharam a apreciação do projeto. Em uma sessão acalorada e com diversos discursos, teve vereador que antes da votação confessou estar em dúvida sobre o que seria o melhor para cidade, outros reclamaram do curto prazo para analisar o projeto de lei que estava na Casa para apreciação em regime de urgência. Além disso, teve desabafo colocando em dúvida a questão do pagamento da dívida de R$36 milhões para empresários locais e pensamentos contrários dizendo que o projeto não era a solução. A sessão prolongada teve manifesto dos fornecedores e empresários que levaram calote, eles levaram faixa e no uso da tribuna o empresário Charly Kipgen, disse estar indignado sobre a falta de apoio em relação aos políticos três-lagoenses, "consideramos que a negociação foi feita sem um pingo de respeito com os empresários" exclamou. Em entrevista ao Expressão MS, um dos líderes dos empresários Jair Panucci disse que existe diversas ações ingressadas judicialmente e faz praticamente quatro anos e a lentidão judiciária faz com os lesados sofram ainda mais. São 178 empresários e um prejuízo que pode ultrapassar R$ 36 milhões. Nesse tempo muitos decretaram falência e até perderam bens devido ás dividas elencadas durante a prestação de serviços na área fabril. "Estamos muito descontentes com a classe política que não está apoiando nesse momento que a gente tanto precisa, a gente veio a Câmara para pedir apoio ao Legislativo e também estamos pedindo ao Executivo" esclareceu. Panucci disse ainda que a classe empresarial não é contra o retorno da fábrica, devido a geração de emprego e rotatividade comercial que pode ser instalada no município. Ele citou que na negociação elencada pelo Executivo, poderia ter sido exigido certidões negativas de débitos municipais, ou elencado uma cláusula relacionando a dívida. O projeto de lei foi aprovado por 14 votos. Davis Martinelli e Renée Venâncio votaram contra e o presidente da se absteve. Os contrários se justificaram no uso da tribuna momentos antes do voto: "Se pesar na balança, essa empresa está mais prejudicando o município do que ajudando. Até agora já recebeu incentivo de quase 200 milhões e deixou empresários endividados", afirmou Renée. Para o vereador Davis, o executivo quis empurrar goela abaixo essa responsabilidade: "Eu não vou assumir essa responsabilidade junto ao Poder Executivo" finalizou. Em contrapartida o presidente da Câmara, André Bittencourt explicou sobre questões de legalidade que impediram maior intervenção para ajudar os empresários nas negociações. Ele disse que quando a área for vendida haverá uma nova oportunidade de negociação com a empresa compradora já que ela deverá obrigatoriamente, passar pela Casa de Leis. O parlamentar também mostrou o mapa da área da fábrica, explicando que não seria um benefício para o município retomar o terreno. Com a aprovação do projeto, além desta prorrogação, a Petrobrás deverá destinar seis milhões em ações mitigatórias, que deverá ser pago até dezembro de 2020. O IPTU terá a alíquota de 1% após início das operações da unidade industrial e ISSQN alíquota de 2%.

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