Na movimentada esquina da Rua Paranaíba com a Avenida Filinto Müller, no Centro de Três Lagoas, a cena já se tornou familiar: o morador de rua conhecido como “Cheiroso” permanece diariamente no semáforo, chamando a atenção de pedestres e motoristas.

Nesta semana, mais uma tentativa da equipe do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) de oferecer apoio ao homem, que novamente recusou qualquer tipo de ajuda.

A abordagem foi feita com respeito e paciência pelos profissionais do SEAS, que ofereceram os serviços do Centro POP — unidade especializada em acolhimento e encaminhamentos para pessoas em situação de vulnerabilidade.

“Passamos por aqui todos os dias oferecendo ajuda.Ele sempre nega. Fazemos esse mesmo trabalho em outros pontos da cidade, sempre com respeito e disposição para acolher quem aceita o atendimento”, relatou uma das orientadoras sociais.

Segundo os profissionais, “Cheiroso” apresenta dificuldades de comunicação, respondendo apenas com “sim” ou “não” e sequer sabe informar seu próprio nome.

Mesmo com essas barreiras, a equipe insiste na tentativa de estabelecer um vínculo e garantir que ele saiba que tem para onde ir, caso deseje mudar sua situação.

O trabalho de abordagem social, segundo o SEAS, exige muito mais do que técnicas: é preciso sensibilidade, empatia e, acima de tudo, respeito ao tempo de cada indivíduo. Enquanto isso, o serviço segue ativo em diversos pontos da cidade, pronto para acolher aqueles que estiverem dispostos a aceitar o apoio.

A população também pode contribuir com esse trabalho de acolhimento. Caso encontre alguém em situação de rua que precise de ajuda, o SEAS pode ser acionado pelo telefone (67) 98139-3794.

Mesmo quando a resposta é negativa, como no caso do “Cheiroso”, o esforço e a presença continuam — porque cada “não” hoje pode ser um “sim” amanhã.

Fonte: Da Redação / Fotos: Hoje Mais