Ivana Silvério, de 23 anos, tinha um pouco mais de um mês contratada como assistente de cozinheira em um restaurante de Campo Grande, mas foi tempo o suficiente para sofrer ataques racistas de seu contratante.

Ela relata que percebeu cedo a diferença no tratamento recebido entre ela e outras colegas de trabalho. “Desde o início ele e a esposa me olham com preconceito, uma vez ela chegou a me chamar de "Isaurinha" e disse que era apenas uma brincadeira", conta a jovem.

Eu era a única funcionária obrigada a usar touca, além de ele já ter dito pra outra funcionária que eu devia andar com um saco na cabeça, pra não assustar os clientes com o meu cabelo”, disse Ivana, referindo-se a uma colega que foi sua testemunha na delegacia.

A jovem registrou o boletim de ocorrência nesta terça-feira (1º), relatando os casos. No dia seguinte à denúncia, Ivana não retornou ao local para trabalhar.

“Eu sou uma mulher muito orgulhosa, eu não voltaria ao local onde eu sofri esse tipo de coisa”, esclarece ela.

Procurados sobre as denúncias, uma das responsáveis do restaurante disse está arrasada com as denúncias, que seriam infundadas e foi até a delegacia para ver o que pode ser feito. O proprietário afirmou que tudo trata-se de mentira da ex-funcionária e que registrou boletim de ocorrência contra ela por calúnia.

Fonte: Campo Grande News