Casos de acidentes com escorpiões disparam em Três Lagoas e autoridades reforçam alerta à população
Agosto marca o início do período de reprodução desses animais peçonhentos, quando ficam mais ativos, agressivos e com maior concentração de veneno

O risco de acidentes com escorpiões está em alta em Três Lagoas. Somente em 2025, já foram registrados 446 casos, número que se aproxima dos 518 contabilizados durante todo o ano passado, segundo o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Christovam Bazan.
Agosto marca o início do período de reprodução desses animais peçonhentos, quando ficam mais ativos, agressivos e com maior concentração de veneno.
Bazan reforça que crianças menores de seis anos e idosos são os mais vulneráveis às complicações da picada, podendo apresentar quadros graves rapidamente. Para reduzir os riscos, ele orienta a manter quintais limpos, eliminar entulhos e retirar qualquer material que possa servir de abrigo.
O CCZ atua a partir de denúncias feitas pela população, realizando visitas domiciliares, entregando panfletos educativos e orientando sobre prevenção. Em áreas com maior incidência, as equipes fazem buscas ativas junto aos setores de Endemias e Entomologia.
Hoje, os escorpiões não estão mais restritos a bairros específicos, já que circulam pelas redes de esgoto em busca de seu principal alimento: as baratas. Por isso, o controle químico não é totalmente eficaz, sendo mais importante eliminar a presença das baratas para evitar infestação.
Entre as principais recomendações estão instalar telas nos ralos, principalmente externos e de banheiros, e inspecionar roupas de cama e calçados antes do uso. Bazan lembra que muitos acidentes ocorrem durante o banho, quando a água quente estimula o animal a sair do ralo.
O alerta se intensifica após duas crianças de 8 anos morrerem nesta semana, em Mato Grosso do Sul, vítimas de picadas. No Estado, foram 8.528 registros de acidentes com escorpiões entre janeiro de 2024 e julho de 2025. Em Três Lagoas, não houve óbitos neste ano, mas a vigilância é constante.
O escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) é o mais perigoso, com alto grau de toxicidade. Já o escorpião-vinagre, maior e escuro, apesar de provocar dor intensa, não costuma representar risco grave.
Em caso de picada, a vítima deve procurar imediatamente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou o Hospital Auxiliadora, onde há soro antiescorpiônico disponível.
O uso do soro depende de avaliação médica, mas a observação hospitalar é indispensável para evitar complicações.
Fonte: Da Redação

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