Biomédico revela que carreata foi desorganizada e colocou em risco a população
Para Vanderlei, ele fez uma análise e admite que a carreata da última sexta-feira (27) descumpriu às recomendações da Organização Mundial da Saúde

TRÊS LAGOAS (MS) - Em entrevista na Rádio Caçula, no Programa Toninha Campos, na manhã desta sexta (27), o biomédico Vanderlei Amaro Junior, um dos líderes da carreata que aconteceu, na última sexta (27) que tinha como objetivo pressionar a Prefeitura para revogar o Decreto Municipal de nº 56 , que determinou o fechamento do comércio local negou a autoria do áudio que circulou em grupos de WhatsApp, áudio este que incitava os empresários a coagirem os funcionários, para que estes, com medo de perderem os seus postos de trabalho já nesta segunda (30) apoiassem a reabertura do comércio.
Apesar de ser da área da saúde, o biomédico admitiu que o movimento não teve o devido planejamento, uma vez que surgiu de maneira espontânea nas redes socias e teve a adesão de empresários, comerciantes, líderes políticos e etc.
No entanto, é de conhecimento público que os organizadores da carreata compõem a mesa-diretora do PSL de Três Lagoas (MS).
Procurados pela reportagem, para comentarem sobre as motivações da carreata, negaram a organização do movimento, apenas afirmando que a carreata era do "povo".
Para Vanderlei, ele fez uma análise e admite que a carreata da última sexta-feira (27) descumpriu às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de adotar o isolamento social e, colocou em risco o controle epidemiológico, que vem sendo feito pelas autoridades municipais da Saúde, através das diretrizes do estabelecidas pelo ministro Mandetta.
Em entrevista, Toninha Campos questionou se o biomédico é candidato a vereador. Ele negou. E informou ainda não ter atividades comerciais na cidade.
ÁUDIO , VÍDEO E AMEAÇAS
Além da divulgação da carreata, o áudio incitando a população contra a Prefeitura de Três Lagoas e contra os sindicatos foi compartilhado entre os grupos de WhatsApp. O autor da contravenção (provocar alarme, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto) não foi identificado, porém, vale ressaltar que o áudio continha um discurso de pânico e ameaça, onde incitava os empresários a coagirem os funcionários, para que estes, como medo de perderem os seus postos de trabalho também ficassem contra o Decreto Municipal, que instituiu o fechamento do comércio como medida de prevenção à expansão do coronavírus.
Após inúmeras críticas que a carreata recebeu, uma vez que tal movimento não teve o apoio das entidades de classes, Sindicato do Comércio Varejista de Três Lagoas – SINDIVAREJO e Associação Comercial e Industrial – ACITL e ainda expôs a população ao risco de expansão à Covid-19 com aglomerações, o biomédico também fez um vídeo, no último fim de semana, na expecativa de tentar explicar que o áudio não tem a sua autoria e compartilhamento e ainda reforçou ser favorável à reabertura do comércio.
O vídeo foi deletado das redes socias e está indisponível desde a manhã desta segunda-feira (30).
Fonte: Rádio Caçula

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