‘A Universidade é um patrimônio nosso’, diz estudante da ocupação em Três Lagoas
maior câmpus da UFMS

O movimento dos estudantes que ocuparam o maior câmpus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em Três Lagoas, começou pequeno e autônomo, conforme explicaram os acadêmicos. Agora, no entanto, já reúne apoiadores e desenvolve uma estrutura que organiza atividades de manutenção do local.
É o que explica a acadêmica de história Thais Lima, 22, que participa da ocupação. Os estudantes buscam pressionar o governo contra a PEC 55 – que passou pela Câmara como PEC 241 -, e a MP (Medida Provisória) que reformou o Ensino Médio.
O início da ocupação, no domingo, aconteceu de forma espontânea, e dividiu opiniões dentro do movimento estudantil. "Ontem [3] a gente fez uma conversa aberta de como procedeu uma ocupação.
Desde o final de outubro o movimento já vinha pensando em fazer uma assembleia pra conversarmos com os acadêmicos sobre o que eles achavam. No dia 2 nós fomos informados de que um grupo autônomo tinha ocupado a Universidade então todo o pessoal do movimento estudantil foi pro câmpus, fecharam todos os portões", conta
"A notícia espalhou muito rápido, já tinha gente perguntando se precisaria de alimentos, dois advogados se disponibilizaram caso precisássemos de resposta jurídica, foi uma comoção muito rápida, acho que ninguém estava esperando", explica a estudante.
Thais explicou que os acadêmicos fecharam os portões do câmpus II, mas outros estudantes retiraram o bloqueio e a ocupação foi transferida, temporariamente, para o bloco dos cursos de História e Geografia.
"Negociamos com a direção e professores, sobre a rematrícula. Os acadêmicos não são nossos inimigos, não são os alvos do nosso movimento, eu acho que em questão de calendário, pouco vai alterar, a PEC vai ser votada no dia 18, 19, vão ser duas semanas de ocupação, a reitoria já fez um calendário que não tem a ver, ao invés de terem colocado 15, 20 dias de férias, colocaram férias de 45 dias, então, o que são mais duas semanas?", explicou Thais. De acordo com ela, a ocupação acaba quando a matéria for votada no Senado.
Comissões
"A Universidade é nosso patrimônio", declara Thais. A acadêmica de história, pontua que, por entender dessa forma, o movimento organizou-se em comissões, que se dividem em atividades, como limpeza, manutenção e comunicação.
Palestras e debates movimentam a rotina dos acadêmicos e no sábado (5), durante a noite, realizam um Sarau. O "coletivo" chamou a atenção de apoiadores, como os secundaristas. Cerca de 100 alunos do ensino médio e fundamental participaram dos debates. Já são 60 acadêmicos dormindo no câmpus.
Fonte:

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