Túmulo é palco e toca chamamé do músico e compositor Brancão

O músico e compositor três-lagoense Amilton Rondon de Souza, o Brancão, faleceu em 31 de janeiro de 2018

Publicado em
Túmulo é palco e toca chamamé do músico e compositor Brancão

TRÊS LAGOAS: O músico e compositor três-lagoense Amilton Rondon de Souza, o Brancão, faleceu em 31 de janeiro de 2018. Ele cantou e encantou muitas gerações e, atualmente, seu túmulo é palco para visitas históricas no Cemitério Municipal Santo Antônio.

Se olharmos a esquerda de quem entra no Cemitério já é possível identificar qual túmulo é o do Brancão, um toldo verde escrito em branco chama a atenção e aguça a curiosidade. Ao chegar próximo ao túmulo um sensor aciona o tocar do bandoneon com a música Linda, de autoria dele.

A música, assim como seu criador, fez história: composta em 1983 foi nomeada pelo amigo Zé Rico (da dupla Milionário e José Rico), além de ser abertura do Festival da América do Sul de Música (na cidade de Corumbá) por seis anos consecutivos.  

A história de Três Lagoas se confunde e está entrelaçada com a história de grandes homens que passaram por aqui, e Brancão é um deles. Um músico completo, tocava diversos estilos: dominando das rodas de choro aos bailes de chamamé.

Tocava tantos instrumentos musicais que entrava sozinho no estúdio que tinha em casa e saia de lá com um disco gravado.

A carreira musical começou aos 13 anos, ele faleceu aos 72anos, então foram 59 anos dedicado a esta grande paixão. Foram cinco discos gravados e, antes de falecer, ele deixou 60 músicas gravadas, que ainda são inéditas aos nossos ouvidos, uma delas é “Alma de Três Lagoas”.

Em suas composições Brancão costumava a destacar a história da nossa região, a beleza, a cultura indígena e tudo aquilo que nos cerca.  Tanto que foi o único músico três-lagoense a ser citado em um livro da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, a história de Brancão está lá na página 314, ao lado de outros grandes músicos do Estado.

Brancão foi vereador, animou bailes e carnavais com o grupo Brancão e Seu Conjunto, além de ser enredo de escola de samba.

Desta forma, a música que toca no túmulo dele é mais uma homenagem para quem passa, pois é daquele som que diminuímos a saudade desta grande história.   

Fonte: HojeMais

Deixe um comentário