Veja o vídeo: Sem acostamento e com pedágio de até R$ 121 por praça para caminhões, bitrem tomba na MS-112 e carreteiros se revoltam
Desde fevereiro, a tarifa para veículos leves subiu para R$ 13,50 em cada pedágio
O fim da noite deste sábado (21) quase terminou em morte na altura do km 155 da MS-112, entre Cassilândia-MS e Inocência-MS.
Um bitrem carregado com 38 t de cimento saiu de Cezarina (GO) rumo a Inocência, mas, ao passar por um desnível na pista sem acostamento, o motorista perdeu o controle e a composição tombou às margens da rodovia.
Apesar do susto, ele foi levado a um hospital da região sem ferimentos graves. A Polícia Militar Rodoviária Estadual (PMRE) registrou o acidente.
REVOLTA DOS CARRETEIROS
O caso reacendeu a revolta de carreteiros que utilizam o trecho pedagiado de 89 km, onde já foram instaladas duas praças de cobrança (Selvíria e Cassilândia).
Desde fevereiro, a tarifa para veículos leves subiu para R$ 13,50 em cada pedágio, enquanto um caminhão-trator com semirreboque de nove eixos — típico de um bitrem — desembolsa até R$ 121,50, ou seja, mais de R$ 240 numa única travessia. Este valor foi reajustado em fevereiro de 2025
Os motoristas afirmam que, mesmo com a arrecadação milionária, o trecho continua sem acostamento e sem pontos de escape, situação agravada pelo fluxo pesado de carretas de eucalipto que abastecem as indústrias de celulose em Três Lagoas.
Segundo eles, o número de tombamentos e saídas de pista cresceu nos últimos meses, sempre no mesmo tipo de desnível ou na sujeira acumulada no bordo da pista.
Os "olhos de gato" na sinalização de pista, também conhecidos como tachões refletivos ou catadióptricos, que são dispositivos usados para melhorar a visibilidade da sinalização viária, especialmente à noite e em condições climáticas adversas, também não existe na via.
“Pagamos caro e não vemos obras. Um pneu estoura, não há onde encostar”, reclamou um caminhoneiro que parou para ajudar no resgate. Enquanto a concessionária Way-112 promete melhorias gradativas, sindicatos da categoria já estudam acionar os órgãos competentes para exigir a construção imediata de acostamentos e reforço da sinalização.
Até lá, quem carrega o peso — e o risco — nas costas continua sendo o carreteiro e os motoristas de carros de passeio que trafegam pela rodovia.
Fonte: Da Redação

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