Revolta Popular com o Aumento da Gasolina e Diesel a Partir de Fevereiro

Especialistas alertam para o efeito cascata na economia

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Revolta Popular com o Aumento da Gasolina e Diesel a Partir de Fevereiro

A notícia de que os preços da gasolina e do diesel subirão a partir de 1º de fevereiro está causando indignação em todo o país.

O reajuste, motivado por alterações no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aprovadas pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), promete impactar ainda mais o bolso dos motoristas e aumentar os custos de transporte em geral.

Com o aumento, essas mudanças chegam em um momento de grande insatisfação popular, com a economia já pressionada pela inflação e a alta do dólar.

Indignação Popular

Nas redes sociais e em postos de combustíveis, motoristas expressam revolta. Muitos destacam que o aumento não afeta apenas quem dirige, mas também provoca uma reação em cadeia na economia.

O transporte de mercadorias ficará mais caro, elevando os preços de produtos básicos como alimentos e medicamentos.

“É um absurdo! Já estamos pagando caro em tudo, e agora mais esse aumento no combustível. Isso vai afetar ainda mais os preços no supermercado”, desabafou Maria Aparecida, motorista de aplicativo em Três Lagoas.

Impacto Econômico

O reajuste do ICMS não é o único fator que preocupa. A defasagem entre os preços internos e externos dos combustíveis também é alarmante. O diesel está 24% abaixo do preço praticado no mercado internacional, e a gasolina, 13%.

A alta do dólar, que já ultrapassa os R$ 6, também pressiona as importações e eleva os custos nas refinarias.

Especialistas alertam para o efeito cascata na economia. “Com o aumento dos combustíveis, o transporte se torna mais caro, e isso acaba sendo repassado ao consumidor final, agravando ainda mais a inflação”, explica o economista Carlos Monteiro.

Petrobras e Política de Preços

A Petrobras, que não adota mais a política de Paridade Internacional desde 2023, está sendo alvo de críticas pela falta de clareza em suas estratégias. Desde o último reajuste em julho de 2024, os preços nas refinarias estavam estabilizados, mas o aumento do ICMS coloca ainda mais pressão sobre a estatal.

Reação nas Ruas

Manifestações e protestos já começam a ser organizados em várias cidades do país. Em Três Lagoas, grupos de caminhoneiros e motoristas autônomos prometem realizar atos contra o aumento.

“Não podemos aceitar isso calados. Vamos lutar pelos nossos direitos”, declarou um caminhoneiro autônomo.

Impacto em Três Lagoas e Região

Com uma economia regional baseada em transporte e serviços, Três Lagoas deve sentir os efeitos do aumento de forma ainda mais acentuada. Pequenos empresários e trabalhadores já preveem dificuldades para manter os custos operacionais diante do novo cenário.

 

Fonte: Da Redação

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