Preço da gasolina de MS está entre os maiores do país

dados da ANP

Publicado em
Preço da gasolina de MS está entre os maiores do país
Mato Grosso do Sul aparece na lista dos estados onde a gasolina está mais cara. Isso, apesar da redução registrada na maioria das regiões do país, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP). "Está muito caro! Muito, demais!! Essas bombas aí, cada dia, 'tá' ficando complicado!", diz o autônomo Humberto César Vargas. "Eu só vejo aumento. Eu não vejo assim, uma coisa baixando. sempre um aumento... prejuízo para nós!", afirma o empresário Fernando Coutinho. Tem motorista que fala que o preço da gasolina está complicando o orçamento da família. "Eu tô deixando R$ 450 todo mês e rodando menos", conta a agrônoma Nara Rocha Dias. Nos últimos dois anos, o preço médio por litro da gasolina no mês de abril teve reajuste de 5%. Em 2015, custava R$ 3,41. Este ano, R$ 3,59. "Não tem jeito, a gente depende do carro pra trabalhar, então, o jeito é pagar, infelizmente", lamenta o repositor Guilherme Vilhalba. A realidade aqui é bem diferente do que vem acontecendo na maioria das regiões do país, onde o preço da gasolina vem registrando queda. Segundo a ANP, Mato Grosso do Sul é um dos sete estados do Brasil em que o valor do combustível tem apresentado alta. Um dos principais motivos é a longa distância das refinarias. "Nós estamos há aproximadamente 1.000 quilômetros da refinaria de Paulínia, então, esse frete que a distribuidora coloca é por quilômetro rodado, certamente é um frete muito mais caro do que as cidades interioranas de São Paulo, por exemplo", diz o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS), Valmir Faleiros. Para o economista Fernando Abrahão, é difícil prever uma mudança de cenário. "Cada estado adota uma forma de tributação e essa forma, dependendo da ocasião, pode onerar mais ou menos o preço do combustível. E o empresário acaba transferindo isso pro consumidor", disse. Para o motorista, resta, então, buscar outras opções de transporte. "Usar ônibus, andar de bicicleta, alternativa, né?", diz a cabeleireira Jussara Martins. Em Três Lagoas, no leste do estado, para fugir dos quase R$ 4 nas bombas, os motoristas atravessam a ponte até Castilho (SP), onde o combustível custa R$ 0,75 a menos. "Enchi o tanque aqui e provavelmente devo ter economizado uns R$ 40. Se eu fosse abastecer em Três Lagoas....", disse o empresário Adriano Vialli.

Fonte:

Deixe um comentário