Por falta de couro, produção do Curtume Três Lagoas continua indefinida

produção está indefinida

Publicado em
Por falta de couro, produção do Curtume Três Lagoas continua indefinida
Após um ano de atividades paralisadas, devido às exigências do IMASUL (Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul), o Curtume de Três Lagoas conseguiu regularizar a documentação necessária para funcionamento e possuir as licenças de operação e ambiental para voltar a funcionar. Porém, o atual cenário do mercado de couro tem mantido a Empresa com “as máquinas desligadas”, já que o produto está em baixa e as exportações diminuíram consideravelmente. De acordo com o gerente geral do Curtume, Claudemir Rocha Meidas, está muito difícil adquirir a matéria-prima no Brasil, já que os maiores frigoríficos, que antes forneciam para a empresa três-lagoense, foram comprados por grupos que monopolizaram o produto e não disponibilizam para o mercado. Segundo ele, as compras grandes vinham do Nordeste e Pará. Do frigorífico de Três Lagoas também se obtinha o material. “Os grandes grupos, como JBS e Marfrig, estão dominando este setor. Os frigoríficos que antes destinavam a matéria para a nossa empresa e para outros curtumes, hoje foram comprados por essas redes e toda a produção gerada é distribuída entre elas. O pouco couro, que ainda encontramos nos poucos frigoríficos não monopolizados, não atende à demanda dos curtumes”, explicou Rocha. EXPORTAÇÕES EM BAIXA Outro motivo que atrapalha a “volta” do Curtume é a baixa das exportações. China, Estados Unidos e Itália eram os maiores clientes do couro processado em Três Lagoas e, atualmente, refrearam as compras, o que dificulta também a reabertura das atividades. Anualmente, as exportações injetavam R$ 50 milhões por ano na economia local. O produto “wet blue” era vendido para empresas do setor automobilístico e de estofados. Com pouca oferta e vendas reduzidas, fica impossível a contratação de mão de obra.

Fonte:

Deixe um comentário