Policiais penais promoveram uma manifestação na Feira Central
Em Três Lagoas, a situação do Estabelecimento Penal Feminino (EPFTL) ilustra o cenário crítico
No último sábado (7), policiais penais promoveram uma manifestação na Feira Central, chamando atenção para a situação precária enfrentada pela categoria em Mato Grosso do Sul. Durante o ato, foram distribuídos mil panfletos e 200 balões nas cores amarela e preta, simbolizando o estado de alerta da categoria.
Em Três Lagoas, a situação do Estabelecimento Penal Feminino (EPFTL) ilustra o cenário crítico. No domingo (8), apenas 50% dos visitantes conseguiram entrar para realizar as visitas, devido à insuficiência de servidores. A unidade, que abriga 98 internas, contava no plantão com apenas quatro servidores: três mulheres e um homem. A equipe era composta por uma responsável pelo plantão, um servidor na portaria e revista masculina, uma servidora para revista feminina e outra para cuidar dos pavilhões.
No momento do fechamento do presídio, as internas protestaram, atrasando o procedimento por 45 minutos. A situação foi contornada pela equipe plantonista, mas evidenciou a pressão enfrentada pelos profissionais diante do baixo efetivo.
Categoria Reivindica Regulamentação e Melhores Condições de Trabalho
A defasagem de servidores é uma realidade comum a todas as unidades penais do estado. O Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso do Sul (SINSAPP/MS) aguarda um posicionamento do Governo Estadual sobre a minuta da regulamentação da carreira, solicitada na última assembleia da categoria. A data limite para a devolutiva é esta segunda-feira (9).
Caso não haja retorno ou solução, os policiais penais pretendem manter a recusa em realizar horas extras, medida que já impacta o funcionamento das penitenciárias. "Não por má vontade, mas porque não há como trabalhar sem efetivo suficiente", destacaram os representantes do sindicato.
Decisão Judicial Ignora Realidade
Na sexta-feira, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, por meio de decisão de um desembargador em Campo Grande, atendeu a um pedido do Governo do Estado para limitar o movimento da categoria. No entanto, o sindicato afirma que o parecer judicial não reflete a realidade enfrentada pelos profissionais.
“Esse movimento não é uma greve. Nós simplesmente deixamos de realizar as Horas Extras (HE), que não somos obrigados a cumprir. Isso expõe o quanto o efetivo está defasado e como dependemos dessa sobrecarga para manter o sistema funcionando”, reforçou um representante do SINSAPP/MS.
A categoria segue mobilizada e alerta para os próximos passos do Governo, enquanto denuncia o abandono do sistema prisional e a sobrecarga dos servidores que atuam sob condições críticas.
Fonte: HojeMais
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