Policiais Civis paralisam atividades por 24 horas em Três Lagoas e no Estado nesta sexta
A decisão foi tomada em assembleia e a categoria reivindica o reajuste salarial e o abono de R$ 200 prometidos pelo governador Reinaldo Azambuja

TRÊS LAGOAS (MS) – Nesta sexta-feira (31), os policiais civis de Mato Grosso do Sul paralisam as atividades por 24 horas.
Após assembleia realizada em Campo Grande (MS), no último dia 25, o Sinpol - MS (Sindicato dos Policiais Civis do Mato Grosso do Sul) decidiu realizar uma paralisação na próxima sexta-feira (31), a partir das 8h, em todas as cidades do Estado. A Operação Padrão terá duração de 24h.
De acordo com a classe, o objetivo da paralisação é reivindicar por melhorias junto ao Estado o reajuste salarial da categoria de acordo com a inflação do período, o abono salarial prometido pela gestão atual de R$ 200,00 (duzentos reais) e investimentos na área de segurança, como no setor de perícia, investigação, viaturas e aumento do contingente em todo o Estado, com a realização de concursos.
De acordo com o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda, houve uma tentativa da categoria em realizar uma reunião com o Secretário do Governo Eduardo Riedel, mas devido a conflito de agendas não foi possível.
Durante a visita para a entrega de obras e ampliações em Três Lagoas, nesta quinta-feira (30), o Governador Reinaldo Azambuja, foi questionado sobre a posição do Governo frente à paralisação do Setor de Segurança do Estado, porém, ele não quis se pronunciar sobre o assunto.
Azambuja apenas declarou amplamente que toda manifestação e reinvindicações serão respeitadas, mas que o teto prudencial do Estado deve ser respeitado e não pode ser ultrapassado, e se houver incrementos de gastos, o Estado pode sofrer várias sansões.
A categoria ainda relembra que toda a campanha da atual gestão foi pautada principalmente em Segurança Pública. Hoje o estado de Mato Grosso do Sul está entre as cinco polícias do Brasil em relação ao combate ao crime, e em relação ao salário, estão na 18ª posição entre os estados brasileiros.
Sendo assim, a coordenação do movimento, composta pelos Diretores do SINPOL e Delegados Sindicais, confeccionaram uma cartilha de orientação para a paralisação de amanhã. A cartilha além de ilustrar a principal reivindicação, que é a negociação salarial de 2019, apresenta os procedimentos a serem seguidos por todos os policiais civis e, ainda, descreve todos os serviços e as atividades que estarão em pleno funcionamento durante a manifestação, como: as atividades essenciais à coletividade serão preservadas e necessidades inadiáveis serão atendidas.
Ainda, salientam que todos os policiais civis deverão comparecer vestidos com camiseta preta em frente à DEPAC Centro ou em frente à 1ª DP de cada região, onde permanecerão mobilizados durante todo o período de paralisação.
Ainda de acordo com a coordenação do movimento, será mantido um efetivo de 30%, serão lavrados apenas autos de prisão em flagrante, serão realizadas diligências relacionadas às ocorrências de autos de prisão em flagrante e cumprimento de MP e os rádios permanecerão desligados.
As demais instruções e informações estão contidas na Cartilha emitida pelo Sinpol-MS e encontra-se em anexo.
Carta Compromisso não foi cumprida
Em 2014, durante a campanha eleitoral, o governador Reinaldo Azambuja, assinou uma Carta Compromisso com a categoria, na qual prometeu valorizar o policial civil. A Carta foi renovada em 2016. Alguns itens foram cumpridos, mas o principal, referente a salário, não! Enquanto outras Polícias do país têm evoluído, MS paga o 20º salário. A promessa eleitoral do governador era de chegar ao 6º salário do Brasil, porém, não há diálogo para que essa valorização ocorra, nem a médio ou longo prazo. O governo sequer fará a reposição inflacionária de 2019, o que deprecia o salário ainda mais.
Outra reivindicação dos policiais civis é a incorporação do abono de R$ 200,00, que havia sido retirado dos servidores. Após manifestações, o governo decidiu manter o pagamento, porém, sem a incorporação, o que continua contra o pedido dos trabalhadores.
Por fim, a categoria luta pela Promoção Funcional, que completará um ano nessa sexta-feira (31) e ainda não foi finalizada. A Promoção Funcional é um direito básico de progressão dentro da carreira e o não cumprimento da lei, prejudica quase mil policiais civis em todo estado.
Fonte:

Gaeco prende empresário, contador e ex-vereadores em Água Clara
Outro preso pelo Gaeco por envolvimento no esquema é o ex-vereador Valdeir Pedro de Carvalho

Estão abertas a partir de segunda-feira inscrições para o Passe Escolar
Segundo o coordenador do Transporte Escolar, José Donizeti, os alunos que não fizeram o recadastramento no período de janeiro a março de 2019 também deverão comparecer à SEMEC...
Deixe um comentário
Quase lá...