Ficar pelado em público, na rua, não pode. É isso o que entendem policiais militares de Brasília, com base na lei que pune atos obscenos, mesmo cometidos durante apresentações artísticas. A lei prevê pena de prisão. E foi o que aconteceu, no final de semana, com o artista performático Maikon Kempinski, conhecido como Maikon K. O artista, que já se apresentou em vários teatros do país com a peça "DNA de DAN", foi preso durante exibição no Palco Giratório do Sesc da capital federal. A performance era realizada em frente ao Museu Nacional da República, em Brasília, quando a Polícia Militar interrompeu a apresentação e decretou a prisão do artista paranaense por "atentado ao pudor". Ele foi levado à 5ª Delegacia de Polícia de Brasília e foi obrigado a assinar um termo circunstanciado por "praticar ato obsceno". Logo após o incidente, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), e o secretário de Estado de Cultura, Guilherme Reis, telefonaram para Maikon K para pedir desculpas em nome do Distrito Federal. Maikon K é assessorado por advogados do Sesc e poderá realizar novas apresentações da peça nesta semana.

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