Em Araçatuba, homem que matou o tio queimado é condenado em 19 anos
O crime aconteceu em outubro de 2014 e o julgamento foi nesta quarta-feira (7), no Fórum de Araçatuba-SP

O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) condenou a 19 anos de prisão, Michael da Silva Oliveira, 25 anos, pelo assassinato do tio dele. Raimundo Novaes, 53, morreu queimado em outubro de 2014, após ter o corpo molhado com solvente na casa dele, no bairro São José.
O crime aconteceu em outubro de 2014 e o julgamento foi nesta quarta-feira (7), no Fórum de Araçatuba.
O réu foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, porém, durante o julgamento, o promotor de Justiça Adelmo Pinho pediu aos jurados para afastarem uma das qualificadoras e foi atendido.
De acordo com a denúncia, Oliveira morava com a avó em uma casa no fundo de um terreno, enquanto o tio dele vivia sozinho, em um cômodo ao lado.
Eles se desentendiam constantemente e no dia seguinte a uma dessas discussões, o réu saiu de casa dizendo que iria para o trabalho, como fazia normalmente.
Tiner
No início da tarde, ele retornou com uma garrafa plástica de refrigerante contendo tiner, produto altamente inflamável, jogou o líquido no tio, que estava dormindo, e ateou fogo.
As chamas se espalharam pelo corpo de Novaes, que correu para frente do imóvel, retirando as roupas. Ele foi socorrido por homens que trabalhavam em uma construção na frente da casa dele.
Mesmo ferido, contou que o sobrinho dele havia sido o autor do crime, informação que foi passada aos policiais militares que atenderam a ocorrência. Eles realizaram patrulhamento, mas o réu não foi encontrado na ocasião.
Durante perícia na casa foi apreendida uma garrafa pet com 50 miligramas de solvente, um isqueiro e uma caixa de fósforo.
Lesões
Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, Novaes sofreu queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus, sendo que as lesões mais graves se concentraram no rosto e no tórax.
Ele foi internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde morreu antes de ser transferido para um hospital especializado para tratamento em queimados.
O réu teve a prisão decretada pela Justiça e foi denunciado por homicídio qualificado por motivo fútil, cometido com emprego de fogo e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Fútil
Durante o julgamento, o promotor pediu o afastamento da qualificadora no motivo fútil, enquanto a defesa, feita pelo advogado Bruno Barros Mendes, pediu o afastamento dessa mesma qualificadora e do recurso que dificultou a defesa da vítima, mas não foi atendido.
A sentença foi proferida pelo juiz Danilo Brait e Oliveira não terá o direito de recorrer em liberdade.
Fonte: Hojemais Araçatuba
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