Globo bane Pedro Cardoso, Carolina Ferraz e Maitê Proença de suas produções

Não espere ver Pedro Cardoso, Carolina Ferraz e Maitê Proença na programação da Globo tão cedo. É possível que isso nunca aconteça. A cúpula da emissora decidiu banir os três atores de suas produções porque os considera ingratos.
Carolina está processando a Globo, reivindicando direitos trabalhistas. Já Pedro Cardoso e Maitê magoaram os executivos porque fizeram duras críticas à rede. Diretores da Globo avaliam que não devem dar trabalho a quem processa ou fala mal da casa. Se o ator não gosta da emissora ou acha que foi injustiçado por ela, deve procurar trabalho em outra freguesia.
Pedro Cardoso passou mais de 30 anos na Globo, como roteirista de programas como TV Pirata (1988-1992) e, mais tarde, como ator. Ficou marcado pelas 14 temporadas de A Grande Família (2001-2014), em que interpretou o malandro Agostinho Carrara. Foi dispensado da rede pouco após o fim do seriado.
Depois disso, passou a atacar a emissora em várias entrevistas. Em julho de 2015, em conversa com Mauricio Stycer, do UOL, chamou a TV de "acovardada e conservadora" e criticou a falta de transformações na programação: "O país mudou mas a TV está igual ao Brasil do Fernando Henrique. Se a gente ficar fazendo a televisão que era da época dele, o público vai fazer outra coisa", alfinetou.
Em junho do ano seguinte, Cardoso foi ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, e continuou suas críticas, ao alegar que seus antigos patrões não valorizaram sua história lá: "Eu achava que a Globo me ofereceria um horário para eu desenvolver um projeto autoral. Mas tiveram o mais absoluto desprezo pelo meu trabalho lá dentro".
Dias depois, deu uma entrevista para Gugu Liberato, da Record. Lá, criticou Verdades Secretas (sem citar diretamente o nome da novela): "Você faz algo sobre modelos que se prostituem e isso vira um sem número de cenas eróticas. Parece que você está tratando seriamente desse assunto, que está preocupado em salvar a vida dessas moças. Quando, na verdade, você está apenas vendendo conteúdo erótico disfarçado de de interesse intelectual", detonou.
Para Gugu, ele disse ainda que não se preocupava com as consequências de suas declarações. "Se o preço da minha liberdade for esse, eu vou pagar feliz. Eu acho que o artista tem um compromisso muito grande com a verdade. Você tem que falar o que pensa e dizer a verdade", minimizou. Como previsto, foi banido do canal.
Já Maitê Proença soltou o verbo ao ser sabatinada no Roda Viva, da Cultura, há duas semanas. A atriz contou que ficou sabendo por meio da imprensa que tinha sido demitida. "Foi muito estranho, não tive nenhum aviso. Quando começaram os boatos de que eu já tinha sido dispensada, liguei para a pessoa que tinha me dito que o contrato seria renovado e ela me falou que, de fato, ia ser descontinuado", contou a atriz.
A atriz também lembrou de um caso de assédio moral bem específico que viveu na Globo com um diretor: "Ele me pediu para eu jogar uma garrafa na parede e me filmou. Depois, mandou um vídeo para o [diretor e produtor] Paulo Ubiratan afirmando que eu estava louca. Eu perguntei: 'Por que vocês mantêm esse canalha?'. E me responderam que era por que ele era talentoso".
Carolina Ferraz, apesar de estar processando a emissora para receber 13º salário, FGTS, férias e valores referentes à rescisão, foi a única da trinca de banidos a não falar mal dos antigos patrões, para quem trabalhou durante 27 anos.
"Amo meu ofício. Eu amo o que eu faço e sou atriz de alma, mesmo. Saí da Globo tranquila. Está todo mundo feliz. Tanto da parte de cá, quanto de lá. Eu sou boa empregada e eles, bons patrões", disse ela ao Programa do Porchat no inicio do mês.
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