A Azul Linhas Aéreas anunciou o cancelamento dos voos para Três Lagoas a partir do dia 9 de março, deixando a cidade e toda a região sem uma opção de transporte aéreo comercial.

A decisão faz parte de um corte de custos da empresa, que também suspendeu voos em outras 11 cidades do Brasil, alegando fatores como a alta do dólar, falta de peças e motores no mercado mundial e a busca por rotas mais lucrativas.

Região em crescimento, mas sem transporte aéreo

A notícia pegou a população e o setor empresarial de surpresa, já que Três Lagoas é uma cidade em plena expansão, sendo um dos principais polos industriais de Mato Grosso do Sul e conhecida como a “Capital Mundial da Celulose”.

Com duas gigantes do setor instaladas na cidade e diversos outros segmentos crescendo, a demanda por transporte rápido e eficiente só aumenta.

Além disso, moradores de cidades vizinhas, como Inocência, onde também está sendo instalada uma fábrica de celulose, também dependiam dos voos que partiam do aeroporto de Três Lagoas.

Agora, quem precisa viajar a negócios ou emergências médicas terá que se deslocar por longas horas até Campo Grande ou São José do Rio Preto, aumentando custos e dificuldades.

População indignada e prejuízo para a economia

O cancelamento dos voos gera revolta e preocupação. Empresários, investidores e trabalhadores do setor industrial já falam em perdas significativas, pois a conexão aérea era um fator importante para fechar negócios e atrair novas empresas.

Enquanto grandes capitais seguem bem atendidas, as cidades do interior mais uma vez são prejudicadas, ficando cada vez mais isoladas. A falta de conectividade aérea pode impactar negativamente o crescimento da região, afastando investimentos e dificultando o desenvolvimento econômico.

E agora? Há soluções?

Diante desse cenário, a pressão política e empresarial será fundamental para tentar reverter essa decisão ou buscar alternativas, como atrair outra companhia aérea para operar na cidade.

Se nada for feito, Três Lagoas poderá enfrentar dificuldades para manter seu ritmo de crescimento, tornando-se menos competitiva em relação a outras regiões que ainda possuem voos comerciais.

A população agora aguarda um posicionamento das autoridades municipais e estaduais para saber se há uma tentativa de negociação com a Azul ou a busca por novas soluções para manter o transporte aéreo na cidade.

Fonte: Da Redação