Deputado Eduardo Rocha se reúne com produtores e vereadores em Caarapó

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Deputado Eduardo Rocha se reúne com produtores e vereadores em Caarapó
Depois de se reunir com produtores e vereadores em Caarapó, o deputado estadual Eduardo Rocha, que é presidente da Comissão Permanente de Desenvolvimento Agrário e Assuntos Indígenas da Assembleia Legislativa, explicou que um relatório sobre a situação de conflito entre indígenas e proprietários rurais no município e entregá-lo ao Ministério da Justiça em Brasília (DF). "O clima aqui é de guerra. A Assembleia foi fazer a sua parte para tentar apaziguar os ânimos e achar um meio de chegar a uma solução sem conflitos. Enquanto isso vamos tentar ir à Brasília também", afirmou o deputado. Desde a semana passada, o município de Caarapó vive um clima de tensão devido ao conflito fundiário envolvendo índios da Aldeia Te’ikue e donos de 13 propriedades rurais. O embate é em decorrência da publicação do Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação da Terra Indígena Dourados Amambaipeguá I. O documento aponta uma área de 55.590 hectares como tradicionalmente ocupada pelo povo Guarani Kaiowá. Na manhã desta segunda-feira (20/6), deputados estaduais estão reunidos no Sindicato Rural de Caarapó para ouvir as partes envolvidas. Os estudos antropológicos contratados pela Fundação Nacional do Índio (Funai) identificaram quatro territórios tradicionais: Javorai Kue, Pindo Roky, Urukuty e Laguna Joha – onde vivem quase seis mil pessoas. A extensão compreende 30 mil hectares pertencentes à Caarapó, 10 mil hectares à Laguna Carapã e 16 mil hectares à Amambai. Na reunião, estão os deputados Eduardo Rocha (PMDB) e Mara Caseiro (PSDB), que compõem a Comissão Permanente de Desenvolvimento Agrário e Assuntos Indígenas. O 1º secretário da Assembleia Legislativa, Zé Teixeira (DEM), também participa da reunião. Os produtores rurais, que possuem títulos dominiais expedidos pelo Governo Federal, quererem a anulação do relatório ou, nos casos de demarcações, a indenização da terra nua e das benfeitorias. Já os indígenas deram um prazo de dois meses para o reconhecimento definitivo da terra por parte da União. Confronto Na última terça-feira, durante um confronto em Caarapó, o índio Clodiode Aquileu Rodrigues morreu e outras oito pessoas ficaram feridas. Policiais militares foram feitos reféns e as armas roubadas pelos indígenas. Tratores e máquinas foram queimadas e alguns proprietários estão desalojados. "O conflito é entre brasileiro e brasileiro. Vamos falar com os vereadores e representantes do Sindicato Rural. O clima é tenso na região, por isso nossa missão é buscar a pacificação. A Assembleia Legislativa quer uma solução para encaminhar à Brasília. Amanhã, vamos nos reunir com a Mesa Diretora e apresentar um relatório dos trabalhos realizados em Caarapó", informou o deputado Eduardo Rocha, presidente da Comissão de Desenvolvimento Agrário e Assuntos Indígenas, durante entrevista ao vivo à Rádio Assembleia.

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