Brasilândia (MS), município distante aproximadamente 65 km de Três Lagoas, está entre os cinco municípios do estado com o maior número de infrações trabalhistas relacionadas ao trabalho análogo à escravidão, conforme a mais recente atualização da “Lista Suja” do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A cidade contabiliza 163 autos de infração, consolidando sua posição em um ranking alarmante que também inclui Água Clara, Corumbá, Porto Murtinho e Ribas do Rio Pardo.

A lista divulgada em outubro de 2024 revelou 13 propriedades sul-mato-grossenses, incluindo seis novas adições no estado, onde foram encontrados trabalhadores submetidos a condições que violam a dignidade humana. Desde o início das fiscalizações em 1995, Mato Grosso do Sul já resgatou 3.112 trabalhadores nessa situação, sendo Brasilândia uma das cidades com histórico significativo de autos de infração.

As modalidades de trabalho análogo à escravidão mais frequentes incluem jornadas exaustivas, trabalho forçado e servidão por dívida, colocando em risco a saúde e a vida dos trabalhadores. A gravidade dessas condições levou ao resgate de mais de 63 mil pessoas em todo o Brasil, um esforço contínuo dos auditores-fiscais do trabalho.

O caso de Brasilândia, assim como de outras cidades do estado, é um exemplo da persistência de práticas que desrespeitam os direitos fundamentais dos trabalhadores. A situação é um reflexo da realidade no campo, onde muitos ainda enfrentam condições de trabalho precárias e degradantes.

Fonte: Da Redação