Audiência de viúva de mecânico morto em hidrelétrica é adiada
A empresa foi citada por AR e tal confirmação de correspondência ainda não voltou aos autos

TRÊS LAGOAS (MS) - A primeira audiência sobre uma possível indenização à viúva de mecânico morto em acidente de trabalho em hidrelétrica que aconteceria nesta segunda-feira (3) foi adiada.
De acordo com o advogado que representa a viúva, Eduardo Lemos Barbosa, o adiamento aconteceu por atraso, na citação da empresa.
"Na verdade, a empresa foi citada pelo Correio por AR. Só que o documento do Correio não voltou. Precisa ter cinco dias de citação antes da audiência e não voltou a tempo desta audiência", explicou Eduardo Lemos.
A primeira audiência foi remarcada para o dia 13 de fevereiro, na 2ª Vara Trabalhista de Três Lagoas (MS).
A viúva do mecânico que morreu em acidente de trabalho na usina hidrelétrica de Jupiá, entre Castilho (SP) e Três Lagoas (MS), em dezembro do ano passado, está processando a empresa em que o marido trabalhava, a PowerChina Brasil Construtora Ltda, pedindo uma indenização por danos morais e materiais.
Ontem (3), se audiência tivesse acontecido, uma liminar seria pleiteada para que a viúva receba com a tutela antecipada pelo menos parte do valor impetrado, uma vez que a situação da viúva e da outra filha do casal é delicada.
A esposa de Roni, Tamires Barbosa Arcini, de 30 anos, está grávida. A gestação é de uma menina. Está na 28ª semana e é considerada de risco. Por recomendação médica ela precisa de repouso absoluto. Essa será a segunda filha do casal, que já tem uma menina de 12 anos.
Segundo Tamires, após o acidente com o marido, a empresa se limitou a pagar somente pelo sepultamento dele e depois uma internação dela de três dias e uma ultrassonografia, usada para diagnosticar uma infecção que ela contraiu durante o velório.
Depois, de acordo com a viúva, ela nunca mais recebeu qualquer tipo de assistência da empresa pela qual seu marido trabalhava. "Fui completamente abandonada", afirmou, completando que como era Roni que sustentava a casa, ela não conseguiu mais se manter e teve que mudar de Mato Grosso do Sul e ir morar com os pais no Paraná.
Em razão da situação, a viúva conta que decidiu processar a empresa. "Eu quero justiça por ele, porque ele era um homem muito bom para mim e para a nossa filha", afirmou Tamires, que faria 15 anos de casamento no dia seguinte à morte do marido.
SOBRE O ACIDENTE
Em entrevista, o advogado da viúva Tamires, Eduardo Lemos explicou que Roni foi atingido por uma carga de aproximadamente uma tonelada uma hélice de turbina - enquanto trabalhava para PowerChina - na construtora Ltda, prestadora de serviços à CTG Brasil.
O advogado ainda comentou que as alças que sustentavam a hélice de uma tonelada que caiu sobre o mecânico eram de madeiras.
Para o advogado, a situação é totalmente desequilibrada, do ponto de vista jurídico, uma vez que Roni não provocou o acidente.
O mecânico Roni de Souza Arcini, de 34 anos, morreu no dia 9 de dezembro. Ele estava fazendo a montagem de uma peça quando a pá de uma das turbinas caiu sobre ele. O mecânico foi socorrido, levado em estado grave ao Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, em Três Lagoas, mas não resistiu.
Eduardo Lemos Barbosa é advogado especializado em acordos à vítimas de tragédias.
Ele está à frente de casos da atualidade como a tragédia da Chapecoense, com o avião que caiu na Colômbia, em 2017, matando 71 pessoas, entre jogadores, técnicos e jornalistas.
Outro caso, o qual o advogado atua é na defesa da jovem Débora Dantas, de 19 anos que perdeu o couro cabeludo durante uma corrida de kart, no Recife, no ano passado.
Eduardo Lemos comentou ainda que sua expectativa é de um acordo com a empresa, no caso domecânico Roni, morto em acidente de trabalaho, dentro da hidrelétrica, já na primeira audiência.
"É impossível que as pessoas - a empresa e o judicário - fiquem insensíveis à esta família que precisa se reinventar", comentou o advogado.
Fonte: Da Redação

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