Agentes penitenciários de Três Lagoas protestam e pedem mais segurança
Bomba relógio

Após a morte do servidor estadual, o agente penitenciário Carlos Augusto Queiroz de Mendonça de 44 anos, executado com quatro tiros às 05h40min da manhã desta quarta-feira (1) em uma unidade prisional do semiaberto de Campo Grande-MS, toda a classe se mobilizou e realiza durante todo o dia desta quinta-feira (12) um protesto em todas as unidades do Estado de Mato Grosso do Sul.
A equipe de reportagem do portal TL Noticias esteve nesta manhã na Penitenciária de Segurança Média (PSM) de Três Lagoas para acompanhar o movimento feito de forma pacífica, que interrompeu por completo o atendimento ao público e advogados.
Segundo um servidor, todas as reivindicações da categoria já foram informadas ao Secretário de Justiça do Estado que fará junto à classe, uma reunião nesta sexta-feira (13) na capital.
Segundo o líder do movimento, a categoria está com um grande déficit de trabalhadores, fazendo assim, que os trabalhos para a ressocialização dos presos não seja feita de forma adequada, devido o pouco efetivo que a categoria dispõe no momento.
Em Três Lagoas, estão acomodados no presídio masculino um total de 586 presos. Apenas 05 agentes ficam em cada plantão e assumem a responsabilidade de manter a ordem e a segurança de todos dentro da penitenciaria, além de ficaram incumbidos ainda nos serviços de trabalho, cozinha, saúde e limpeza, entre outros.
Nas outras unidades do município a situação não é diferente a se agrava com o número reduzido dos servidores.
Na Colônia Penal Agrícola ficam apenas 02 gentes por cada plantão para cuidarem de 108 presos.
No presídio feminino estão 115 internas e apenas 02 agentes por cada serviço. Ao todo em Mato Grosso do Sul, o sistema penitenciário possui 968 servidores que ficam responsáveis pela custódia de 13.470 entre internos do sexo masculino e feminino.
Com estes dados alarmantes na área da segurança pública do Estado, a cada 200 servidores que atuam no sistema de plantão nos presídios do Estado, ficam responsáveis pela guarda dos mais de 13 mil presos.
“O sistema está sobrecarregado e falta investimentos em infra estrutura, diversos equipamentos e principalmente na área da segurança. De nós servidores”, disse o entrevistado.
Na manhã desta quinta-feira (11) a categoria estará presente no enterro do amigo que será feito às 10h30min em um cemitério de Campo Grande.
Após o ato, os agentes penitenciários seguem para uma manifestação para reivindicar melhores condições de trabalho, valorização da carreira, direção por servidores de carreira e melhor condição de ressocialização e cumprimento de pena dos internos em geral.
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